DestaqueNotícias

Açude de Boqueirão ultrapassa 63% de sua capacidade e está a quatro metros para sangrar

Com as cheias dos rios Taperoá e Paraíba, o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão atingiu 63,7% do volume total e está a quatro metros para atingir a capacidade máxima e sangrar.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), faltam cerca de 4,26 metros na lâmina d’água para que o açude sangre. Boqueirão amanheceu nesta quarta-feira com 297.597.452 milhões de metros cúbicos de água acumulada.

Segundo o especialista em recursos hídricos, Isnaldo Cândido, o reservatório recebeu recargas de água após fortes chuvas que atingiram mananciais localizados no Cariri paraibano, que abastecem o Epitácio Pessoa.
Desde 2013 o açude não atingia metade da capacidade total. Em 2017, o açude de Boqueirão chegou a atingir 2% da capacidade total, situação que fez Campina Grande e outras cidades abastecidas pelas águas do manancial adotarem medidas de racionamento.

Conforme o especialista, o açude Poções de Monteiro está sangrando para o reservatório de Camalaú, que deve sangrar em breve para o açude de Boqueirão.
Construído há 63 anos pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs), o Epitácio Pessoa tem recebido uma das maiores recargas de sua história nos primeiros dois meses do ano. Com isso, aumenta o sonho da população de ver Boqueirão sangrar de novo. Para atingir a marca de sangria o açude ainda precisa aumentar em pouco mais de 8 metros.

Com capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água, o manancial foi inaugurado em 16 de janeiro de 1957 e logo se transformou na principal fonte de abastecimento de Campina Grande.
Desde a inauguração, em 1957, Boqueirão sangrou 18 vezes, nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986 1989. Depois ele passou 15 anos sem sangrar.

Na última vez que o açude sangrou em 2011, a população fez festa para comemorar o espetáculo proporcionado pela natureza. Quando o açude de Boqueirão sangrou pela última vez, , ele teve a melhor fase de sua história. Segundo os dados da Aesa, ele passou 202 dias transbordando água ininterruptamente.

Severino Lopes

PBAgora

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo