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Bancários protestam nesta quinta-feira contra demissões e fechamento de agências do Banco do Brasil na Paraíba e ameaçam entrar em greve

Bancárias e bancários do Banco do Brasil em João Pessoa realizam nesta quinta-feira (21) um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação anunciada pela direção do banco que vai demitir mais de 5 mil funcionários e fechar mais de 300 agências em todo o país. Na Paraíba, serão três agências fechadas, em João Pessoa e Campina Grande. Além de atos nas unidades do banco, os trabalhadores também realizam tuitaço, a partir das 11h com a hashtag #MeuBBValeMais.

O Dia Nacional de Lutas é uma das iniciativas aprovadas em reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29 com decretação do estado de greve. A indicação da CEBB é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas.

Na Paraíba, atualmente, apenas 67 agências funcionam, juntamente com 36 postos de atendimentos (PAAs). O banco não revela quantas agências serão fechadas no estado, mas segundo os próprios funcionários, a previsão é que os locais encerrados sejam: a agência Parque Solon de Lucena, localizada no bairro de Tambiá e a agência do Jardim Cidade Universitária, ambas em João Pessoa. Já em Campina Grande, a agência Jardim Paulistano, na Avenida Assis Chateaubriand será encerrada.

O  fechamento de agências terá um forte impacto social e econômico. Uma preocupação especial recai sobre os idosos e demais clientes que precisam das agências físicas e serão direcionados para atendimentos  online, ou agências em outras localidades, o fechamento de agências do Banco do Brasil em muitas cidades, representa a estagnação econômica, fim de muitos negócios locais, aumento na precarização dos serviços, entre outros.

“O Banco do Brasil é um das estatais mais antigas do país. Tem uma história de 212 anos de serviços prestados à sociedade brasileira, é uma empresa pública que tem uma função social bem definida, gera lucros para o governo e não pode ser atacado assim dessa maneira, através de uma reestruturação que vai prejudicar o povo, a economia e o desenvolvimento das cidades. O seu quadro funcional está defasado e não pode abrir mão de 5 mil funcionários. Se as filas já são enormes, imagine quando o BB tiver menos funcionários, menos caixas e menos agências. Então, qualquer mudança no seu quadro funcional tem de ser negociada com os sindicatos da categoria, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente”, explicou o presidente do Sindicado dos Bancários da Paraíba.

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