O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta quinta-feira (05/10), lamentou o escândalo envolvendo o Hospital Padre Zé sob a suspeita de desvio de recursos.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB), protocolou no dia 30 de agosto deste ano, um inquérito para que investigue possíveis furtos de aparelhos doados à Instituição Padre Zé, e desvio de recursos para fins particulares de servidores da unidade.
Após feito o despacho pelo Ministério Público e o pedido de esclarecimentos à presidência do Instituto, no dia 20 de setembro, a Polícia Civil da Paraíba confirmou a abertura do inquérito policial.
O diretor do Instituto à época das investigações, o padre Egídio de Carvalho Neto, pediu renuncia do cargo.
Ainda nesta quinta-feira, a força-tarefa coordenada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado da Paraíba, que também conta com Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, desencadeou a “Operação Indignus”, com a finalidade de dar cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Capital – Poder Judiciário da Paraíba.
Os mandados de busca e apreensão miram o Padre Egídio de Carvalho Neto e duas ex-diretoras do Hospital Padre Zé. São elas Jannyne Dantas (ex-diretora administrativa) e Amanda Duarte (ex-tesoureira). Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados pelos membros da Força-Tarefa constituída para apurar supostas irregularidades na gestão dos recursos da instituição de saúde e da Ação Social Arquidiocesana (ASA). Oito deles são cumpridos em João Pessoa, um no Conde e dois em São Paulo.
Durante a entrevista, Cícero defendeu que haja a apuração necessária, mas reforça que seja separada a gestão da Instituição, uma vez que o Hospital Padre Zé presta um serviço fundamental à população, principalmente às pessoas em vulnerabilidade social e os idosos.
“Eu primeiro lamento que precise ter esse tipo de Operação, mas ela se faz necessária. Eu sempre digo que é bom que a gente separe uma gestão, e, por exemplo, uma entidade. O Instituto Padre Zé, por exemplo, é fundamental para prestar serviço àqueles mais humildes, àqueles que mais necessitam, os mais idosos. A diocese tem tomado uma posição que é a minha, é de apurar. Quem tiver responsabilidade, que arque. Não é a Instituição que pode ser culpada, é a eventual falha que se por ventura existe, de quem estiver à frente dela”, afirmou o prefeito.
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