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Em nota, Prefeitura de Patos se pronuncia sobre operação da PF, MPF e CGU, e diz que não é alvo da investigação; confira

Na manhã desta quinta-feira (12/9), a Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Outside, com o objetivo de investigar possíveis crimes relacionados à licitação e desvio de recursos públicos na obra de restauração da Alça Sudeste e da Avenida Manoel Mota, no município de Patos, Sertão da Paraíba. O contrato inicial para a obra tinha o valor de R$ 5.071.801,50.

O contrato foi celebrado em 31 de dezembro de 2020, entre o Ministério do Desenvolvimento Regional, por intermédio da Caixa Econômica Federal, e a Prefeitura Municipal de Patos, com prazo de vigência até 31 de dezembro de 2024. 

Sobre o assunto, a Prefeitura de Patos, através da Chefia de Gabinete, enviou uma nota ao Patosonline.com falando sobre a operação. Confira na íntegra abaixo:

“O Município de Patos não é alvo da investigação, nem teve qualquer mandado de busca e apreensão em suas dependências. A prefeitura afirma que vem colaborando integralmente com as investigações e que todos os documentos e informações requisitados em relação ao contrato firmado no ano de 2020, foram prontamente fornecidos. A administração municipal está à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas e explicações adicionais que possam auxiliar no esclarecimento dos fatos.

Importante frisar que o contrato não foi firmado na gestão do atual prefeito, o senhor Nabor Wanderley, e que atual administração não matem vínculo com as empresas alvo da investigação.”

Sobre a operação

A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão emitidos pela 14ª Vara Federal de Patos, além do sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 269.108,21, correspondendo ao superfaturamento detectado pela CGU em um dos aditivos.

Em nota, o MPF informou que as investigações, que resultaram na deflagração da Operação Outside, dizem respeito ao Contrato de Repasse nº 1074468- 68/2020 (Siafi 908813/2020), que tem como objeto a restauração de avenidas em Patos. 

De acordo com o MPF na ação cautelar penal 0800492-63.2024.4.05.8205, e ratificado pela Justiça Federal, a partir das investigações foram constatadas suspeitas da prática, em tese, de crimes como frustração do caráter competitivo, pagamento irregular em contrato administrativo, peculato, crimes tributários e lavagem de capitais.

Foram encontrados também indícios de irregularidades pela Controladoria-Geral da União (CGU) na Concorrência nº 4/2021, que foi o procedimento licitatório deflagrado para contratar a empresa responsável pela execução da obra, tais como: conluio entre os licitantes e cláusulas restritivas de concorrência no edital.

Além disso, foram encontrados indícios de superfaturamento nos aditivos contratuais e jogo de planilha. Ainda de acordo com as investigações, que continuam sendo apuradas, também foram encontrados indícios de vínculo daquela empresa, vencedora da concorrência, com agentes públicos da Prefeitura Municipal de Patos.

A Justiça autorizou acesso a todo o conteúdo dos dispositivos de armazenamento de dados apreendidos nesta quinta-feira (12), a ser compartilhado com o MPF, CGU, Ministério Público Estadual e Receita Federal.

O sequestro de bens móveis e imóveis autorizado pela Justiça Federal no âmbito do Processo 0800549-81.2024.4.05.8205, em desfavor do empresário e da construtora, foi até o montante de R$ 269.108,21 – apenas referente ao superfaturamento do terceiro aditivo contratual.

Por Patos Online

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