O novo prefeito de Junco do Seridó, Dr.Paulo Fragoso (DEM), concedeu entrevista neste sábado (9) a tarde, a rádio comunitária da cidade, 87.9 FM, para relatar a grave situação administrativa na qual se encontra a Prefeitura, deixada pelo ex-prefeito, Kleber Medeiros (2017 – 2020).
Dr Paulo se mostra bastante preocupado com a situação caótica das finanças do município e pede o apoio da população juncoense para enfrentar o problema com transparência e adianta que juntos irão superar essa adversidade.
“Esse problema não foi causado por nós, mas temos que certeza que, com o apoio de todos, nós vamos vencer de novo”, confia o alcaide.
O prefeito lembra que não houve uma transição de Governo completa, pois faltou a gestão contábil e financeira, que é a principal parte.
Segundo o chefe do executivo, na tentativa de inviabilizar a nova administração que tomou posse no dia 1º de janeiro, a gestão passada simplesmente apagou todos os arquivos dos computadores das secretarias do município.
Por exemplo, foram apagados todos os cadastros dos alunos matriculados na rede Municipal.
Alguns dias atrás, um construtor esteve na Prefeitura, para cobrar pelos serviços realizados no calçamento da rua Januncio Balduíno, obra inaugurada há cerca de um ano, mas cujo o pagamento não foi feito pelo ex-prefeito.
O novo gestor lembra que como não houve a transição contábil e financeira conforme determinação do Ministério Público (MP) e nenhum documento neste sentido foi entregue pela gestão anterior, sua equipe está há 8 dias fazendo um périplo junto aos bancos, Tribunal de Contas do Estado (TCE), escritórios de contabilidade e consultorias da região na tentativa de tomar pé da situação do município, transtorno que poderia ter sido evitado se o ex-gestor tivesse feito uma transição nos moldes determinado pela Lei.
Junco está inadimplente perante o Governo Federal. Isto é, o CAUC do município não permite que a Prefeitura efetivo alguns convênio com a União para melhorias na cidade.
“Encontramos as finanças no vermelho. Fui informado, de que teve um cheque, cujo número é: 85271, emitido pela Prefeitura Municipal, no dia 23 de dezembro de 2020 e foi devolvido pela pessoa no dia 29 do mesmo mês, por falta de dinheiro. Ou seja, cheque sem fundos”, esclarece.
Dr. Paulo diz que ficou estupefato quando a primeira cota do mês de janeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no valor superior a R$ 400 mil, foi depositada, mas que ficou negativa em cerca de R$ 12 mil, em razão de dívidas judiciais e de contas da administração anterior
Outro fato que provocou grande indignação ao prefeito, foram os descontos da ordem de RS 34.362, descontados nos contracheques dos servidores na folha de dezembro, a título de empréstimos consignados, não foram repassados ao banco do Bradesco nem ficaram nas contas do Tesouro Municipal.
Por fim, ele explicou que isso é apenas a ponta do iceberg e que a sua gestão está finalizando um relatório completo para que as pessoas tenham acesso e também o documento será enviado ao MP bem como ao TCE para que a gestão anterior possa ser responsabilizada judicialmente.
“Não iremos medir esforços para que os serviços essenciais sejam mantidos, apesar da situação financeira difícil. Vamos trabalhar e pedir a compreensão e a paciência para que possamos colocar tudo dentro da normalidade no decorrer dos dias”, conclui o prefeito.
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Fonte: HelenoLima