A ex-tesoureira e a ex-diretora administrativa do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, respectivamente Amanda Duarte e Jannyne Dantas, podem fazer uma delação premiada contra o ex-diretor geral, Padre Egídio de Carvalho, no caso do escândalo que revelou desvios de mais de R$ 134 milhões da instituição filantrópica. Em entrevista ao Arapuan Verdade, o advogado de defesa de ambas, Diego Wallace, confirmou a informação, como acompanhou o ClickPB.
“É uma hipótese que estamos estudando, a delação premiada. Já conversei com a Amanda e vou conversar essa semana com Jannyne”, revelou o advogado.
Diego Wallace revelou, ainda, que as duas agiram, em muitos momentos, sob pressão do Padre Egídio. “Obviamente! Inclusive o próprio Ministério Público já juntou no proceso. Ela [Amanda] diz que fazia o que ele mandava. Ela assumiu o cargo com apenas 18 anos de idade, quando foi colocada na tesouraria. Tanto Jannyne como Amanda eram da paróquia, então além de patrão era um líder religioso para elas”, falou durante a entrevista acompanhada pelo ClickPB.
O advogado Diego Wallace negou que Amanda ou Jannyne cuidassem das finanças particulares de Padre Egídio. “Dde fato ela [Amanda} questionou por várias vezes que haviam coisas de cunho pessoal, mas ele [Padre Egídio] dizia para ela não se preocupar que todas as contas seriam aprovadas, ele dava garantia que elas não se preocupassem que ele resolvia”, falou.
Sobre o carro comprado em nome de Jannyne e alugado para a instituição, o advogado ressaltou que era uma maneira de garantir aumento salarial para a ex-diretora. “Jannyne solicitava aumento salarial há muito tempo e ele dizia que não podia dar aumento. Depois apareceu convênio para veículo. O aumento era com essa condição”, relatou.
Fonte: ClickPb