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Foragido da PF, procurador é demitido pela Câmara de São Mamede

A Câmara Municipal de São Mamede demitiu nesta quarta-feira (16) o procurador-geral João Lopes de Sousa Neto. Ao lado do prefeito Umberto Jefferson (União Brasil), ele é um dos suspeitos de desviar verbas através de processos licitatórios e contratos do município, para financiar, por exemplo, a construção de uma casa de luxo para o gestor, na cidade de Patos, no Sertão paraibano.

O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) Márcio Murilo da Cunha Ramos decretou a prisão preventiva de quatro acusados neste caso, além de busca e apreensão em duas empresas e na sede da Prefeitura de São Mamede. Além de procurador-geral, João Lopes de Sousa Neto era o presidente da Comissão de Licitação do município de São Mamede.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Federal (PF) acusam o procurador-geral de fraudar processos licitatórios, sendo peça fundamental na organização criminosa encabeçada pelo prefeito Umberto e Josivan Gomes Marques, um dos braços direitos do gestor.

Em uma de suas atuações, João Lopes assinou uma licitação de R$ 10.104.129,88, sendo que o valor original era de R$ 8.357.151,13. O aumento de R$ 1.746.978,75 pode ter sido parte dos R$ 2.659.389,78 que Josivan Gomes recebeu através da empresa NV Consórcio de Engenharia LTDA, de acordo com os autos do processo.

“A prisão preventiva de João Lopes de Sousa Neto também se mostra essencial para o sucesso das investigações e melhor apuração dos fatos narrados na cautelar, notadamente pelo seu papel de
destaque e relevância no esquema da organização delitiva, consubstanciando a concreta possibilidade de que, solto, influencie, convença e, até mesmo, imponha seu poderio sobre os demais integrantes, sobretudo os que desempenhavam funções de menor relevância”, aponta o desembargador.

Prisão e bens sequestrados

Por esses motivos, a PF e o Gaeco prenderam o prefeito Umberto Jefferson nesta última terça-feira (15), além da realização de seis mandados de busca e apreensão em Patos e São Mamede, na operação “Festa no Terreiro”.

João Lopes de Sousa Neto, por outro lado, ainda não foi localizado pelas autoridades mesmo com um mandado de prisão preventiva. Por isso, ele é considerado como um foragido da Justiça.

Fonte:MaisPB

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