O empresário Giovanni da Silva Vieira teve a prisão preventiva decretada pela justiça da Comarca de Sousa, Sertão da Paraíba, após decisão do juiz Bernardo António de Lacerda, da 6ª Vara Mista.
Giovanni da Gravel, como é conhecido, tem 41 anos de idade e responde a dezenas de processos cadastrados no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a maioria referente a negociação (compra e venda) de veículos na cidade de Sousa.
“Como se vê do inquérito policial o endereço fornecido pelo investigado é aquele no qual teriam se dados os múltiplos ilícitos e no qual não fora mais encontrado pelas vítimas, como exaustivamente noticiado nos autos. Doutra banda, consigne-se, que diversamente do que sustentando pelo representante, não se vislumbra a incidência de situação característica da necessidade da medida extrema para garantia da ordem pública, uma vez que inexistente qualquer elemento concreto apto para justificar a configuração deste fundamento, que não se pode sustentar, única e
exclusivamente, pela gravidade objetiva dos fatos”, revela trecho da ordem de prisão.
O empresário é investigado por crimes previstos nos artigos 168 (apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção) e 171 (obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento), ambos da Lei 2.848/1940.
O mandado de prisão foi expedido no dia 1º de agosto com base no processo 0805702-14.2024.8.15.0371.
Até o momento do fechamento desta matéria, Giovanni ainda não havia sido encontrado pelas autoridades policiais.
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À época dos fatos, em 2023, ano em que as vítimas denunciaram o caso à Delegacia de Polícia Civil, a empresa Gravel Veículos publicou no dia 18/09/2023 uma nota de esclarecimento nas redes sociais com o seguinte teor:
“A Gravel passa por um momento financeiro que mereceu uma auditoria interna. Para tanto foi contratado profissionais para desenvolver esse estudo.
Diante de tais informações clientes e parceiros da empresa Gravel que sempre fizeram negócios com datas pré-datadas começaram a cobrar os valores sem que os mesmos tivessem vencidos. Diante dessa euforia e das ameaças sofridas o seu proprietário não teve outra alternativa a não ser fechar a loja para balanço e trabalhar internamente para poder solucionar o problema.
Informamos a todos, especialmente aos nossos clientes, que a Gravel por meio do seu proprietário está concluindo o levantamento dos débitos e créditos existentes.
Informamos, ainda que a empresa, embora esteja passando por uma crise de ordem financeira possui patrimônio e créditos a receber. Diante disso, vimos a público dizer que ninguém ficará no prejuízo com as transações realizadas com a Gravel. Contudo, será observada a ordem dos créditos já vencidos e os mais próximos, tendo em vista que alguns clientes possuidores de créditos com datas longínquas já estão em processo de cobrança.
Informamos por fim que existe por partes de alguns clientes e parceiros o uso de má fé ao difundir situações inverídicas, levando inclusive a violação física do estabelecimento comercial e ameaças ao proprietário e colaboradora da empresa”.
Fonte: Blog do Levi Dantas