A direção do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, abriu um inquérito administrativo para investigar a morte da mulher de Patos, Chayane Alves, 33 anos, que teve 75% do corpo queimado. Ela passou seis meses internada e morreu depois de ter alta hospitalar. Durante as investigações, os médicos ficam afastados de seus cargos.
De acordo com a assessoria do Hospital de Trauma, o inquérito administrativo foi aberto após pedido da filha da paciente, que havia comemorado a alta, mas morreu logo depois.
O caso de Chayane Alves ficou conhecido principalmente depois que, em 4 de março deste ano, ela recebeu alta do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa depois de mais de seis meses internada.
Em agosto do ano passado, ela estava cozinhando arroz, feijão e carne com a utilização de álcool – por causa do alto preço do gás de cozinha -, quando acabou se queimando com gravidade. Na época, ela estava grávida e por causa do acidente perdeu o feto.
Após passar seis meses internada, ela recebeu alta hospitalar e morreu 13 dias depois, após sofrer uma infecção generalizada culminando uma parada cardíaca.
De acordo com o diretor do Trauma, a mulher apresentou sintomas de mal-estar e também dificuldade de respiração no sábado (16) e procurou o hospital. Ao chegar na unidade em que ela havia ficado internada e ainda fazia tratamentos diários de trocas de curativos na pele por conta da queimadura, um médico a encaminhou para o Hospital de Cabedelo. O médico que a encaminhou para a cidade vizinha foi afastado.
Ainda de acordo com o diretor, o hospital em Cabedelo pediu a retransferência da mulher no domingo (17), porque houve complicações em relação à situação respiratória de Chayane Alves. Um médico do Trauma respondeu a solicitação de transferência de forma negativa, dizendo que ela deveria continuar na unidade em que estava. Esse médico também foi afastado.
Os afastamentos, conforme o diretor da unidade em João Pessoa afirmou, têm como finalidade “avaliar as possibilidades de falhas relacionadas ao atendimento”. Por conta disso, uma sindicância interna em relação aos médicos foi instaurada.
A mulher tinha 33 anos, era natural de Patos e foi enterrada no cemitério de Cabedelo, município da Grande João Pessoa.
Notícia Paraíba