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Mentor da ‘Barbárie de Queimadas’ passa por audiência de custódia nesta quarta

O mentor do caso da “Barbárie de Queimadas”, Eduardo dos Santos Pereira, passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (20). Foi o que disse a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Cassandra Duarte, em entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio. Além da conversão da prisão em preventiva, o juiz deverá dar mais detalhes sobre o recambiamento do condenado a 108 anos de prisão, que voltará a ficar preso na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1).

De acordo com Cassandra, Eduardo dos Santos Pereira não realizou nenhum crime no Rio de Janeiro, além de sua condenação ter ocorrido na Paraíba. Por essa razão, a expectativa é de que a requisição da Polícia Civil seja acatada.

“Foi pedido o recambiamento para o estado da Paraíba, o que, naturalmente, deve ser aceito porque o crime é aqui e ele não tem nenhum crime que ocorreu no Rio de Janeiro”, disse. “Amanhã (20) ele passa por audiência de custódia, e essa situação do recambiamento já vai ser analisada amanhã, vai depender da Justiça”, completou a delegada-geral adjunta.

Como a Polícia chegou no acusado

Eduardo dos Santos Pereira foi preso na manhã desta terça-feira (19) no Rio de Janeiro. O acusado de articular o crime que vitimou Isabela Pajuçara, 27 anos, e Michelle Domingos, 29 anos, foi capturado pela Polícia Civil em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro.

+ Mentor da barbárie de Queimadas é preso no Rio de Janeiro quatro anos após fugir do PB1

De acordo com o delegado Bruno Victor, a Polícia da Paraíba já vinha investigando o paradeiro de Eduardo, mas não tinha conseguido êxito na operação para prisão devido a algumas normas impostas na época. Para a ação de hoje, os agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) acamparam em frente à residência onde Santos estava residindo por volta das 03h da manhã, mas só conseguiram capturá-lo às 09h.

O delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo, explicou que a investigação apontou a ajuda de terceiros, inclusive familiares que residem na comunidade da Rocinha, para que o mentor se escondesse no Rio de Janeiro. Há um ano, ele tentou ir para Macaé, também no Rio, e há seis meses estava em Rio das Ostras, no litoral carioca.

Segundo Rabelo, haverá um aprofundamento policial para saber se, além de familiares, o criminoso também recebeu ajuda de alguma quadrilha. O que se tem de conclusão, hoje, é que Eduardo levava uma vida considerável.

“Ele não trabalhava. Desde quando chegou em Queimadas, tinha uma vida de ‘boemia’. Vivia de brisa [aquele que não faz nada segundo o dicionário], não fazia nada. Houve um trabalho de vigilância, até que chegamos até ele. Ao se deparar com as equipes, ficou surpreso”, detalhou André Rabelo.

Fonte:MaisPB

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