DestaqueJustiçaNotíciasPolicia

Ministra Cármen Lúcia rejeita pedido de suspensão de processo do Padre Zé feito por Padre Egídio

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na noite dessa quarta-feira (12) o pedido do padre Egídio de Carvalho para suspender um dos processos relacionados ao escândalo de desvio de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

A defesa de Egídio acusou Octávio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), de não disponibilizar o conteúdo das investigações. Segundo a defesa, o Ministério Público tentou evitar a responsabilidade de fornecer acesso aos arquivos, alegando incapacidade técnica da defesa para copiar os documentos.

A ministra Cármen Lúcia, no entanto, considerou o argumento insuficiente para conceder a liminar solicitada. Ela afirmou que não ficou demonstrado que o Ministério Público restringiu o acesso ao disco rígido fornecido ao juiz do caso. Além disso, o juiz reconheceu que as partes tiveram acesso parcial aos dados e determinou a realização de medidas para facilitar o espelhamento dos dados à defesa.

A defesa do padre Egídio havia solicitado a concessão de medida liminar para suspender a Ação Penal nº 0813724-52.2023.8.15.2002 até que fosse garantido o acesso integral às provas produzidas pela GAECO. A defesa destacou uma audiência marcada para este dia 13 de junho, às 8h30, relacionada ao processo nº 0813572-04.2023.8.15.2002, que já havia sido suspenso devido à falta de acesso integral às provas, além disso os advogados do padre pediram a declaração de nulidade do recebimento da denúncia e dos atos posteriores sem o acesso integral aos elementos de prova, alegando afronta à Súmula Vinculante 14 do STF, com a consequente devolução dos prazos processuais para resposta à acusação e outros requerimentos.

Fpi pedido ainda que no mérito, o Ministério Público (GAECO) fosse obrigado a apresentar todos os dados coletados durante as investigações e instrução, sem filtragem prévia, e que os dados só pudessem ser inutilizados por decisão judicial, com a devolução dos prazos às defesas para nova resposta à acusação após o acesso integral.

A decisão da ministra mantém o andamento do processo, não acatando as solicitações feitas pela defesa de Egídio.

PB Agora

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Desative seu bloquear de anúncio para ter acesso aos nossos conteúdos