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Nacional de Patos pode ficar de fora do Paraibano 2025 devido à crise financeira, diz presidente interino: “Não temos condições de contratar jogadores”

A crise financeira sem precedentes a qual o Nacional de Patos vem enfrentando nos últimos meses pode impedir sua participação no Campeonato Paraibano da 1ª Divisão em 2025. A situação foi revelada pelo presidente do Conselho Deliberativo e atual presidente interino do clube, Flávio Santos, em uma entrevista ao cronista esportivo Amberg Leitão, da Rádio Espinharas FM.

Flávio Santos descreveu o cenário do clube como “calamitoso”, destacando que a soma das dívidas acumuladas ao longo dos últimos anos coloca em risco a continuidade do Verdão Maravilha nas competições oficiais. “A situação para colocar o Nacional no campeonato é crítica. Se não aparecer uma equipe de no mínimo 100 pessoas dispostas a ajudar financeiramente, não vamos para o campeonato. Não temos condições de contratar jogadores”, afirmou o presidente interino, ressaltando a falta de recursos e a necessidade urgente de patrocínios.

O Nacional de Patos, que já foi um celeiro de talentos locais, hoje se vê sem condições de formar equipes competitivas, principalmente devido à falta de apoio financeiro. “Antigamente, o Nacional e o Esporte faziam times de futebol com jogadores amadores que eram revelados aqui mesmo, mas hoje não temos mais essa base. Os jovens, quando chegam ao clube, já perguntam quanto vão ganhar, e sem recursos, fica impossível manter uma equipe digna”, desabafou Flávio Santos.

A crise financeira também afeta a infraestrutura do clube. De acordo com Flávio Santos, o Centro de Treinamento (CT) do Nacional está sem energia elétrica e água, devido a débitos acumulados de aproximadamente 20 mil reais. “Estamos vivendo de água de pipa, comprando por 400 reais cada. O gramado do CT está comprometido porque estamos regando com água salgada, o que está queimando a grama”, lamentou.

A atual situação, de acordo com o presidente interino, é reflexo, em parte, da gestão anterior, liderada por Suélio Félix, que renunciou à presidência do clube em maio deste ano. Flávio Santos afirmou que a falta de transparência na prestação de contas da gestão passada agrava ainda mais a crise. “Queremos que o ex-presidente Suélio nos preste contas de tudo que recebeu e gastou. Até agora, ninguém sabe quanto entrou de dinheiro, só sabemos que ele disse que gastou 3 milhões, mas não há documentação que comprove esses gastos”, revelou.

O Nacional de Patos está agora em busca desesperada de investidores e apoio do poder público para evitar sua exclusão do Campeonato Paraibano. “Precisamos de uma ajuda grande do poder público. O Sousa, por exemplo, recebe 100 mil reais da prefeitura por mês, enquanto nós recebemos 80 mil por ano. Isso precisa mudar, ou o Nacional não terá condições de disputar o campeonato”, concluiu Flávio Santos.

A continuidade do Nacional de Patos no cenário esportivo da Paraíba depende agora de um esforço coletivo para superar os desafios financeiros e administrativos que enfrenta.

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