As policias Civil e Militar de Alagoas deflagraram, nesta quinta-feira (23), uma operação conjunta para cumprir 36 mandados contra uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas. Além do estado alagoano, a Operação Escobar cumpriu mandados na Paraíba, Minas Gerais e São Paulo.
A investigação aponta que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 7,5 milhões em um período de quatro anos de atuação, fruto da comercialização ilícita principalmente de cocaína.
Além disso, demonstrou-se também, ao longo da investigação, a prática do crime de lavagem de capitais, sendo inclusive usada atividade pecuarista e “laranjas” para tentar mascarar a origem ilícita do dinheiro oriundo do comércio ilegal de entorpecentes.
Ficou também comprovado pelas investigações que os fornecedores das drogas residem nos estados de São Paulo e Minas Gerais e de lá enviavam os entorpecentes para serem distribuídos em Alagoas nos municípios de Maceió, Boca da Mata, Satuba, Palmeira dos Índios, Rio Largo e Barra de São Miguel. A droga também era enviada para a cidade de Caaporã na Paraíba.
Outro ponto a se destacar é que o principal líder da organização criminosa em Alagoas já foi preso em operação do Ministério Público do Estado (MPE/AL) no ano de 2014. Na época, foi apreendido um veículo de luxo, uma arma de fogo e 130 kg de maconha.
Com base nas provas técnicas produzidas pela investigação, a DEIC realizou a representação dos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro de bens, que foram expedidos pela Justiça alagoana por meio da 17ª Vara Criminal da Capital.
A operação ganhou o nome de Escobar devido ao alto valor movimentado pela organização criminosa e pelo principal produto comercializado de forma ilícita ser a cocaína, fazendo alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar, que fundou o Cartel de Medellín e distribuía cocaína para diversos países.
Fonte: MaisPB