A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (17) a ‘Operação Manto da Justiça’, com o objetivo de reprimir uma célula criminosa voltada para a execução de pessoas na região de Princesa Isabel. Até agora quatro pessoas foram presas, mas as diligências continuam no decorrer do dia. Entre os presos está um vereador da cidade de Princesa Isabel, Rinaldo Eufrasino de Andrade, conhecido como Rinaldo do Gavião, suspeito de envolvimento com as mortes investigadas.
Foram cumpridos nove mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária e sete de busca e apreensão expedidos pela Comarca de Princesa Isabel\PB.
Segundo informações do delegado André Rabello, o objetivo da operação é evitar a morte de duas pessoas que seriam assassinadas nos próximos dias na cidade. O mandante desses crimes, segundo a Polícia Civil, é um dos homens que teve a prisão decretada pela Justiça e será alvo da operação.
Ainda de acordo com Rabello, a investigação foi realizada pelo delegado Cristiano Jaques, que descobriu uma trama de mortes nessa região.
ENTENDA O CASO
Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, no dia 17 de dezembro de 2019, no centro da cidade de Princesa Isabel, um comerciante foi surpreendido por dois indivíduos que chegaram em uma motocicleta. O comerciante foi atingido por três tiros, só não morrendo por ter sido socorrido.
Suspeita-se que o mandante do crime é uma pessoa influente na cidade e comanda um grupo de extermínio na região, onde dá ordens para que pistoleiros matem pessoas que são seus credores – para não pagar as dívidas. “Após a morte dos credores, ele manda executar os seus pistoleiros”, revelou o delegado André Rabello.
PLANO PARA NOVAS MORTES
Em novembro do ano passado, o mandante teria ligado para um pistoleiro e oferecido 15.000,00 reais para que ele matasse pessoas influentes na cidade de Princesa Isabel, mas o plano não deu certo. Havia comerciantes e pessoas influentes na região que estavam na “lista” para serem mortos por pistoleiros. Os nomes das futuras vítimas não foram divulgados pela polícia como medida de segurança.
“O clima estava tenso em Princesa e para evitar novas mortes, as forças policiais se reuniram para restabelecer a ordem pública que estava sendo ameaçada com essas execuções, e anteciparam a deflagração da Operação para evitar novas mortes que estavam previstas pelos criminosos”, concluiu o delegado André Rabello.
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