Um paraibano foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF), na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, por tráfico de drogas. Além dele um pernambucano também foi preso.
Com eles foram apreendidas 200 garrafas de clorofórmio, solvente de comercialização controlada utilizado na composição de loló e lança-perfume. Ocorrido na sexta (11), o caso foi divulgado nesta quinta (17).
As prisões aconteceram em frente a uma transportadora após a denúncia de uma empresa de medicamentos. À polícia, ela informou que a transportadora havia comunicado sobre a chegada de uma encomenda de produtos químicos controlados no nome da empresa, mas, após checagem no sistema, foi constatado que o pedido não havia sido realizado.
Ao chegar ao local, policiais federais encontraram dois veículos. Um táxi, onde estava o estudante universitário paraibano Reny Allison Emiliano dos Santos, de 27 anos, e um carro comum, dirigido pelo pernambucano Luis Henrique de França Marques, de 30 anos, segundo a PF.
Na abordagem da polícia, constatou-se que os documentos de liberação dos produtos químicos eram falsos. Estudante do 6º período do curso de biomedicina, Reny usava um jaleco falso com o nome da empresa fraudada e estava com as caixas com 200 garrafas de clorofórmio, ainda de acordo com a PF.
À polícia, Reny contou que estaria transportando ilegalmente um produto controlado e que resolveu fazer esse transporte em troca de um aparelho celular novo.
Em nota, a PF declarou que Reny “não informou quem seria o contratante e negou ter preparado a documentação falsa para liberação do produto controlado, apesar de constar seus dados pessoais no documento”.
O taxista que transportava Reny afirmou que foi contratado pelo rapaz e receberia R$ 350 pelo serviço. Por não ter sido comprovada sua participação efetiva no crime, o motorista do táxi foi liberado.
Em depoimento, o condutor do outro carro negou a participação no crime. Luis disse que trabalha como motorista de aplicativo e que foi contratado apenas para fazer a coleta do material.
Sobre o jaleco da empresa que estava em seu carro, ele contou que foi deixado por um passageiro, mas não soube explicar a relação da empresa com a fraude. De acordo com a PF, caso sejam condenados, Reny e Luis podem pegar penas que variam de cinco a 15 anos de prisão.