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Pollyanna Dutra destaca 88 anos da conquista feminina ao voto no Brasil

Deputada ressaltou necessidade de mais mulheres ocupando os espaços políticos

Há exatos 88 anos as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto. Antes disso, a participação feminina na política era inexistente, haja vista que eram proibidas de votar. Para a deputada estadual Pollyanna Dutra, uma das poucas mulheres que ocupam esse espaço de poder na Paraíba, essa luta, contudo, apenas começou há 88 anos. A parlamentar destacou que, até hoje, as mulheres ainda lutam para garantir a efetividade dos seus direitos nos espaços políticos.

“Celebramos e relembramos essa conquista percebendo que são 88 anos de uma luta que até hoje é travada diariamente. Hoje as mulheres representam aproximadamente 53% do eleitorado, mas ainda são vasta minoria nos cargos eletivos, o que demonstra que ainda não ocupamos plenamente esse espaço. Ainda somos poucas! Na Assembleia Legislativa da Paraíba, por exemplo, de 36 deputados, apenas 5 são mulheres”, comentou Dutra.

Para a deputada, a presença das mulheres nos espaços políticos não apenas dá pluralidade aos debates, mas também os enriquece. “Quando a mulher chega a esses espaços, ela não só os ocupa com mais qualidade, mas ela faz a diferença nos debates, sobretudo quando dizem respeito às causas femininas. Percebemos isso na Casa e vemos a importância de uma voz feminina ecoando nesses espaços, defendendo causas com as quais não apenas nos identificamos, mas que vivemos também no nosso dia a dia”, explicou.

Pollyanna Dutra ainda convocou as mulheres a se apropriarem do seu direito não apenas ao voto, mas também o direito de estarem nos mais diversos espaços políticos. “Precisamos de mais mulheres na política, ocupando ativamente esses espaços, apropriando-se desses debates e fazendo valer esse direito, que hoje comemoramos. São 88 anos de uma luta que só nos fortalece cada dia mais. Estamos juntas e permaneceremos juntas nessa luta”, finalizou.

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Foi somente em 24 de fevereiro de 1932 que o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino; todavia, esse direito era concedido apenas a mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para viúvas com renda própria. Essas limitações deixaram de existir apenas em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.

Esse cenário não era exclusividade do Brasil. Na França, por exemplo, o voto feminino se tornou realidade em 1944 e, na Suíça, em 1971. No Brasil, no entanto, a bandeira das mulheres pelo direito de votar e de serem votadas teve início décadas antes, pelo menos desde 1891, quando foi apresentada proposta de emenda à Constituição brasileira que trazia essa prerrogativa. A proposta, contudo, foi rejeitada.

O tema ganhou ainda mais força no início do século XX, a partir da militância política feminina na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Essa atuação organizada e estratégica inspirou outras mulheres no mundo todo. A internacionalização do movimento, conhecido como sufragista, favoreceu a conquista do voto feminino em diversos países.

O Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil passou a ser comemorado a partir de 2015, com a promulgação da Lei nº 13.086.

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