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POMBAL: Dr. Verissinho faz roleta russa com a vida das pessoas e compra medicamentos com validade próxima.Veja

A população de Pombal, no Sertão paraibano, precisa se preocupar com bem mais que o avanço do novo coronavírus. O risco maior, para os pacientes da cidade, é receber medicamentos com prazo de validade vencido através do sistema municipal de saúde. E tudo porque o prefeito Dr. Verissinho (MDB), que é médico, tem comprado remédios que, em muitos casos, chegam ao município faltando menos de dois meses para o vencimento. O alerta é do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pode ser facilmente acessado através do site do órgão.

Ao todo, entre 2017 e 2020, o prefeito comprou quase R$ 150 mil em medicamentos com prazo de validade perto do limite. Contando as dificuldades de logística na distribuição, não é difícil acreditar que muita gente foi para casa com medicamentos vencidos. Uma completa irresponsabilidade, que custa caro não apenas para os cofres públicos. Põe em risco, também, a população. Preocupa também pelo fato de a “empurroterapia medicamentosa” ser política de governo em Pombal, ao invés do estímulo à prevenção de doenças.

A prova de que o derrame de dinheiro é política de governo em Pombal é que foram comprados mais de R$ 4 milhões em medicamentos nos últimos três anos. E muitos deles oferecem mais riscos que cura. Um exemplo disso é que em 2017 o medicamento miconoprazol, com ação anti-fúngica, foi comprado em agosto e venceu em outubro. O detalhe é que o medicamento foi fabricado em 2014. Teve criança em risco com alimento vitamínico comprado pelo prefeito. Trata-se do Neoforte Baunilha de 400g, comprado em fevereiro de 2019 e com validade para abril do mesmo ano.

O descaso é gigantesco e o tamanho do alerta do Tribunal de Contas do Estado mostra isso. Os auditores do órgão selecionam como risco a aquisição de medicamentos com menos de 12 meses para o vencimento. Imagine os que ficam em torno de dois meses, como ocorre em vários casos? A prefeitura investiu mais de R$ 4 milhões a partir de 2017 na compra maciça de medicamentos. Foram R$ 1,7 milhão no primeiro ano, R$ 1,3 milhão no segundo e R$ 1,1 milhão no terceiro ano. Entre eles, muitos medicamentos perto do vencimento.

Quem estiver doente e precisar da ajuda da prefeitura, depois de receber o medicamento, não custa olhar a data de validade. O Ministério Público Estadual deve ser o caminho das denúncias.

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