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Servidores de Cruz do Espírito Santo eram obrigados a tirar empréstimos e repassar valores a prefeito e correspondente bancário; desvios chegam a R$ 386 mil

Esquema fraudulento foi descoberto por investigação da Polícia Federal, que deflagrou, nesta quarta-feira (29), a operação Holerite.

Funcionários da Prefeitura de Cruz do Espírito Santo foram forçados a participar de um esquema no qual realizavam empréstimos consignados e repassavam parte do valor ao gestor municipal e ao correspondente bancário. De acordo com a investigação da Polícia Federal, aproximadamente R$ 386.800,00 foram entregues pelos servidores, sob ameaça de serem retirados dos cargos caso não o fizessem.

Como resultado dessa investigação, a operação Holerite foi deflagrada pela Polícia Federal da Paraíba, na manhã desta quarta-feira (29), com participação da Controladoria-Geral da União (CGU), e com auxílio da Caixa Econômica Federal.

Os funcionários retiravam empréstimos consignados na Caixa Econômica Federal em valores maiores do que a margem permitida. eles conseguiam isso apresentando contracheques falsos, com rendimento maior do que o real.

Ao receber os valores, os servidores repassavam uma parte do dinheiro ao gestor municipal e outra ao correspondente bancário responsável pela operacionalização dos empréstimos.

Os investigados responderão pelos crimes de falsificação de documento público (art. 297), corrupção passiva (art. 317), corrupção ativa (art. 333) e estelionato (art. 171, §3ª), todos do Código Penal, cujas penas somadas ultrapassam 20 anos de prisão.

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