O presidente Alexandre Cavalcanti admitiu, mais uma vez, que poderá concorrer à reeleição no Botafogo-PB. Foi durante uma visita à Rede Paraíba na tarde de segunda-feira, em que recebeu a comenda pelo primeiro aniversário do Quintal do GE, quadro do Globo Esporte PB. O dirigente foi recebido pelo gerente comercial, Paulo Eduardo, e pelo coordenador de Esportes, Expedito Madruga.
Alexandre Cavalcanti, no entanto, enumerou algumas condições para mudar de ideia sobre não concorrer no pleito de outubro. A principal delas é a profissionalização de alguns departamentos, como os de futebol, o de marketing e o comercial.
— A estrutura que temos… acaba sobrando tudo para o presidente. Ele responde pelo futebol, faz contratos, vira assessor. É sempre ele quem dá a cara. Da mesma forma que não é justo colocar sobre o presidente os louros das vitórias e títulos, também não é justo ele ser o único culpado quando as coisas não dão certo. É necessário profissionalizar os departamentos do clube — disse Alexandre.
O presidente já havia admitido antes concorrer à reeleição caso fosse alçado à única opção no grupo político encabeçado por Breno Morais, evitando assim que a oposição retornasse ao clube. No entanto, ele quer um cenário favorável para evitar maiores desgastes.
Mas isso não quer dizer que o prego esteja batido. As cicatrizes pela eliminação na Série C ainda estão abertas. Alexandre Cavalcanti disse que a decisão de não disputar a eleição é pessoal e envolve a família. Segundo ele, comandar um clube como o Botafogo-PB exige muita renúncia.
— Temos um grupo muito bom trabalhando na Maravilha. E esse trabalho continuou mesmo depois da eliminação. Fomos campeões paraibano sub-20. Estamos fechando parcerias, como a do futebol feminino, que vai para a Espanha disputar um torneio com grandes equipes da Europa. O Botafogo-PB é maior que a Série C. Não fechamos as portas depois do jogo contra a Aparecidense — lembrou.
Departamento de futebol
Uma das condições de Alexandre Cavalcanti para continuar à frente do Botafogo-PB é a contratação de um gerente de futebol que possa estar à frente das decisões. A ideia é que esse profissional tome todas as decisões sobre o campo de jogo — incluindo a definição da comissão técnica e a contratação de jogadores.
— É preciso ter em mente um gerente que tenha esse perfil. E que possa ser cobrado pelas suas decisões. É claro que o presidente está à frente do processo. Mas é ele (o gerente) quem toma as decisões do futebol. É esse o modelo que dá certo em times de sucesso. É preciso olhar o mercado e escolher bem um nome — explicou o presidente do Belo, sem deixar de elogiar o trabalho feito por Francisco Sales, que ocupou o cargo até o fim da Série C.
Fonte: Globo Esportes PB
