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Aos 33, Messi inicia novo ciclo em busca de glória com a Argentina

Nesta quinta-feira (8), às 21h10, com transmissão do SporTV, a Argentina enfrenta o Equador em sua estreia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Assim como o torcedor do Barcelona assiste à possível última temporada de Lionel Messi no clube, o torcedor argentino já começa a se preparar para o que deve ser o último tango do camisa 10 com a camisa de sua seleção.

Nesta quinta-feira (8), às 21h10, com transmissão do SporTV, a Argentina enfrenta o Equador em sua estreia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Na terça (13), o time do técnico Lionel Scaloni visita a Bolívia.

O ciclo que se inicia diante dos equatorianos é mais um reinício para Messi, que aos 33 anos ainda busca seu primeiro título com a camisa da equipe nacional.

Além do próximo Mundial, que pinta como o último de sua carreira, ele terá a Copa América de 2021 para tentar encerrar a sina de não sair campeão com a seleção profissional.

Em 2019, na edição do torneio disputada no Brasil, a Argentina caiu na semifinal para a seleção brasileira, que conquistaria o título. Após o revés, Messi foi expulso no duelo pelo terceiro lugar contra o Chile e não voltou a campo para receber sua medalha de bronze.

Depois da vitória sobre os chilenos por 2 a 1, em um ato maradoniano, o argentino mandou um forte recado à Conmebol.

“Não fui à premiação porque nós não temos de ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda a Copa [América]. Não nos deixaram chegar à final”, esbravejou o camisa 10, que ainda disse acreditar que a competição estava armada para o Brasil sair campeão.

Ver Messi assumindo esse protagonismo como a voz da seleção argentina já não é uma novidade.

Na Copa do Mundo de 2018, o jogador do Barcelona recebeu a braçadeira de capitão para se tornar mais do que um líder técnico. Ao lado de um Mascherano decadente, procurou ser a palavra final em um grupo que patinava sob o comando de Jorge Sampaoli.

Um Lionel Messi bem diferente daquele que no último jogo da fase de grupos do Mundial de 2010, contra a Grécia, foi presenteado com a faixa de capitão das mãos de Diego Maradona e não soube o que dizer para os companheiros no vestiário.

A bagunça tática mostrada na Rússia, que ocasionou na eliminação ainda nas oitavas de final, para a França, levantou a possibilidade de que o principal jogador argentino de sua geração pudesse se despedir da seleção.

Ele havia feito isso em 2016, quando a Argentina perdeu a decisão da Copa América Centenário, o terceiro vice seguido depois de ser derrotada nas finais da Copa do Mundo, em 2014, e da Copa América, em 2015.

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A despedida naquela ocasião deixava clara a angústia de Messi em não conseguir realizar o sonho de conquistar um título com o seu país, mas foi também uma mensagem à AFA (Associação do Futebol Argentino) de que algumas estruturas precisavam mudar. Não mudaram.

Desde então, a Argentina já está em seu terceiro treinador e, consequentemente, em permanente reconstrução. De Edgardo Bauza a Jorge Sampaoli, e depois com Lionel Scaloni, não há uma linha comum de ideias sobre como jogar futebol.

Scaloni, que pertencia à comissão técnica de Sampaoli, assumiu interinamente o comando depois do Mundial da Rússia e só pôde contar com Messi a partir de março de 2019, depois que o astro tirou um período sabático da seleção.

Apesar do pouco convívio, o período da Copa América foi tempo suficiente para que o novo técnico ganhasse a confiança do camisa 10.

Lionel Messi gosta do trabalho de Scaloni e enxerga um futuro para a Argentina, que vai deixando cada vez mais para trás os nomes da geração vice-campeã mundial para incorporar novos talentos que deverão ser a cara da equipe para a Copa do Mundo do Qatar.

No centro desse time, construído com atletas como Nicolás Tagliafico, Leandro Paredes e Lautaro Martínez, está o capitão Lionel Messi.

“Começa algo novo, algo lindo, creio que vem uma geração importante, que mostrou nessa Copa [América] que ama a seleção, quer ficar. Há futuro, uma base grande, que precisa de tempo e que a deixem seguir. Tomara que respeitem e não comecem a criticar, porque não seria justo”, disse o atleta do Barcelona no ano passado, após o torneio continental.

No vestiário, após a disputa do terceiro lugar, afirmou aos companheiros que uma nova equipe jovem estava sendo montada e que estavam todos juntos para garantir uma vaga no Qatar.

Maior artilheiro da história da seleção com 70 gols, Messi arranca uma nova campanha de Eliminatórias, a quinta de sua carreira. Agora, com a esperança de que esse tango termine, enfim, com um sorriso.

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