Em entrevista para a Rádio Mangabeira FM 104,9 na noite de ontem (20), o presidente do Campinense, Danylo Maia, prestou alguns esclarecimentos sobre as mudanças pelas quais o departamento de futebol do clube vem passando nas últimas semanas.
A mudança na comissão técnica, saída e chegadas de atletas visam a permanência da equipe na Série C do Campeonato Brasileiro, onde a Raposa, neste momento, ocupa a zona de rebaixamento.
Dentro da torcida rubro-negra, muito se questionou sobre a demora para que algumas atitudes fossem tomadas no clube, que já vinha caindo pelas tabelas desde o bom início com duas derrotas nas duas primeiras rodadas. Afirmando que a resposta se o momento foi certo ou não para agir virá após o fim do torneio, Danylo Maia explicou em que momento resolveu que deveria tomar a frente do processo.
– Não existe uma receita própria para se contratar ou demitir, principalmente no futebol. O que acontece é que o Campinense deixou escapar duas vitórias antes de sair para a Aracaju. Contra o Confiança, conseguimos reagir. Houve uma reação, um comportamento dentro do comportamento que a gente espera. Como reforcei com o grupo semana passada, nosso torcedor não é burro, ele vive o dia dia do clube e sabe a postura que ele quer do atleta e da comissão técnica. O Campinense fez grandes partidas, mas infelizmente deixou escapar e até mesmo de valorizar alguns empates que tínhamos em mãos contra o Vitória, Manaus. E a partir do momento que verificamos que não existia mais conexão entre comissão técnica, atletas, a gente começou a tomar as atitudes –
Dentre as atitudes, além da mudança da comissão técnica, várias dispensas foram feitas, inclusive de jogadores que chegaram com pompas e como soluções de problemas, caso dos meias Luiz Fernando e João Paulo, que demandaram grandes investimentos, e foram embora sem deixar saudades. Outros que saíram foram os zagueiros Christian, Pedro Vitor, Vinícius Santana e Márcio, os volantes Gabriel Pereira, Marinho e Serginho Paulista, os meias Douglas Lima Willian Mococa, os atacantes Iago Silva e Cláudio.
Sem citar nomes, o mandatário rubro-negro comentou que o comportamento de alguns atletas acabaram resultando em suas saídas do Renatão.
– Jogador preguiçoso não joga no Campinense. Jogador mau caráter não joga no Campinense. Não vou citar nomes para não ter que olhar para o retrovisor, mas deixamos claro para o torcedor que agora joga no Campinense quem tem atitude, quem tem desejo de prosperar no clube – resumiu.
Satisfeito com as mudanças que foram feitas, Danylo Maia elogiou o grupo de jogadores, mas comentou sobre o sentimento que o time passava há algumas partidas, quando assim que o árbitro apitava o início do jogo, a postura de uma equipe derrotada ficava evidente.
– Independente do treinador, temos um grupo muito bom, um grupo que convive muito bem. Na semana de treinos, a gente não conseguia identificar o sentimento de derrota, de perdedor, mas quando entrava no gramado, e esse foi um dos pontos que cobramos muito, entrava cabisbaixo, nervoso, desconectados, e isso gerava derrotas. A possibilidade de perder ficava muito maior. Quando você entra com sensação temerosa, sem condição de reagir, fica complicado buscar a vitória. A gente cobrou exatamente isso, e a forma que desaguou no sábado, percebemos que o comportamento do grupo melhorou, e se a gente entrar em Teresina da mesma forma no domingo, o Altos vai ter que trabalhar dobrado para beliscar algum ponto – afirmou.
Altos e Campinense tem 18 e 15 pontos, respectivamente, na tabela da Série C. A equipe piauiense está na décima quarta posição, enquanto a Raposa é o décimo oitavo na classificação. O confronto marcado para as 15h do próximo domingo (24) será o segundo dos times na temporada. Pela Copa do Nordeste, no estádio Lindolfo Monteiro, o Jacaré venceu por 1 a 0, em partida que o então capitão rubro-negro, o volante Rafinha, hoje no Vila Nova, desperdiçou uma cobrança de pênalti no último lance do jogo.
Equipe @Vozdatorcida