Última das principais equipes do futebol paraibano a iniciar a pré-temporada, o Campinense chega a 10 dias de preparação e as dificuldades do clube nesse período vem sendo reveladas a cada dia.
Em entrevista coletiva, o treinador Francisco Diá detalhou parte do processo de formação do elenco, que conta com poucos atletas e com uma grande dificuldade para atrair novos jogadores, seja pela questão financeira ou pelo calendário reduzido, que só conta com o estadual para o rubro-negro em 2024.
O comandante da Raposa comentou como está sendo feito o trabalho até o momento, e já contou que pode ter uma baixa dentro do plantel para o amistoso da próxima segunda-feira (18), contra o Globo FC.
– A apresentação nossa foi no dia 5, estamos hoje dia 15, teve dois ou três dias de exame médicos, e 10 dias de trabalho muito intenso na preparação. Nós já estamos colocando um pouquinho de bola, apesar do grupo estar muito reduzido. Contamos com 17 atletas e linha, dois goleiros, dois oriundos da categoria de base. Tivemos uma baixa, o Igor (Goularte, atacante) sentiu um incômodo na coxa, preocupa até para o jogo, e estamos correndo contra o tempo – afirmou.
Como sempre, sem muitas papas na língua, Diá elencou alguns fatores determinantes para que o grupo de jogadores esteja reduzido e que, financeiramente, seja muito difícil para que cheguem novos atletas neste período. Até por conta dessa dificuldade, o treinador conta com o apoio e confiança do torcedor, a quem ele pede que vá ao Amigão. Os ingressos para o teste diante da Águia do Rio Grande do Norte tem ingressos a partir de R$ 20 (vinte reais).
– Quanto a contratações, (temos) primeiro a dificuldade do calendário. (Segundo) A situação financeira do clube, que passa por um momento muito difícil, só quem sabe quem está lá dentro. (Terceiro) O campeonato não tem calendário, o campeonato não tem cotas, o campeonato não tem quase que patrocínio algum. E para disputar um campeonato, um campeonato difícil, como é o Campeonato Paraibano, precisamos reforçar o elenco. Claro que dentro das possibilidades de que o clube vai poder pagar. Mas o Campinense, mais do que nunca, vai precisar do seu torcedor. O torcedor, que a gente sabe, quando pede o apoio, ele vem e vem forte, e aí vamos precisar muito desse torcedor, principalmente nesse primeiro amistoso para vir em massa aqui no estádio para nos ajudar. Temos dificuldade em todos os aspectos. Dificuldade na montagem do elenco, na transferência de atletas, em passagem, a dificuldade é muito grande, isso aí não pode esconder de ninguém. Mas, dentro das dificuldades, a gente está trabalhando, e queremos contar demais com esse torcedor – comentou.
Por fim, Francisco Diá novamente reclamou da pouca quantidade de atletas com que conta no momento, mas também explicou que prefere trabalhar dentro da realidade do Campinense, mas cumprindo os compromissos financeiros em dia, do que deixar dívidas para o futuro. Entretanto, ele espera trabalhar ainda com um grupo de pelo menos 25 jogadores, e uma posição em especial é observada pelo comandante.
– Eu queria que chegasse em torno de 6 ou 7 atletas para fazer pelo menos um total de 25. Eu estou treinando com 5 ou 6 garotos da categoria de base, como eu disse, 17 jogadores linha, 2 goleiros, um total de 19 profissionais. Isso é muito pouco para você começar uma preparação para um campeonato tão difícil, e a gente não está só com dificuldade financeira nesse sentido, o campeonato é assim. A gente prefere trazer um preço até mais baixo, dentro daquilo que o Campinense pode pagar, a gente cumprir com os compromissos com os atletas, com os funcionários, porque isso aí que faz um time de futebol andar. Foi assim nas equipes que eu trabalhei e aqui não vai ser diferente. A gente também está satisfeito com aqueles jogadores que têm chegado, que têm trabalhado firme. A diretoria não tem parado de trabalhar, a comissão técnica, a gente tem trabalhado forte na pessoa do nosso preparador físico, Jean, junto com o Felipe e outros membros da diretoria, estão todos empenhados para a gente tentar ir em busca dessas contratações, principalmente no setor de meio campo, onde a gente só conta com um volante de origem. A gente vem jogando com uma equipe bem ofensiva, com um volante, três ou quatro meias, então a gente tem essa dificuldade – concluiu.
Equipe @Vozdatorcida