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Empresário de Campina Grande fecha o maior patrocínio máster do futebol brasileiro; confira

Uma matéria publicada pelo Estadão revelou que o maior patrocínio máster do futebol brasileiro na atualidade pertence a um empresário paraibano, de Campina Grande.

“ofereceu R$ 360 milhões, mais luvas de R$ 10 milhões, para estampar o espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas. Serão pagos anualmente R$ 120 milhões, valor recorde no futebol nacional”, diz a matéria.

Confira a íntegra do texto clicando aqui ou logo abaixo:

Quem está por trás da patrocinadora que ofereceu contrato de R$ 370 milhões ao Corinthians?

Espaço mais nobre da camisa alvinegra é estampado pela Vai de Bet, marca do ramo das apostas que tem como dono um empresário de Campina Grande, na Paraíba, que fez carreira no setor imobiliário

Corinthians dispõe atualmente do maior patrocínio máster do futebol brasileiro. Ao tomar posse no início do mês, o presidente Augusto Melo anunciou um acordo do clube com a Vai de Bet, marca do ramo de apostas que ofereceu R$ 360 milhões, mais luvas de R$ 10 milhões, para estampar o espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas. Serão pagos anualmente R$ 120 milhões, valor recorde no futebol nacional. O fato de a Vai de Bet ainda ser pouco conhecida no mercado chamou a atenção quando foi selada a parceria com o clube paulista, que busca gerar novas receitas a curto prazo para o pagamento de dívidas e investir pesado no time.

Criada em 2022, a Vai de Bet é uma das marcas da empresa Betpix NV, holding com registro em Curaçao, ilha holandesa situada no Caribe, onde a operação de casas de aposta são permitidas — no Brasil, a regulamentação das bets foi sancionada em dezembro do ano passado. Outras marcas do grupo são Betpix365, Betpix, Obabet e Pix365, todas estas plataformas de aposta. O nome por trás do investimento no Corinthians é o empresário José André da Rocha Neto, de Campina Grande, na Paraíba.

Segundo o site Transparência.cc, José André da Rocha Neto tem participação em 31 empresas com CNPJ oriundo da Paraíba e São Paulo. Destas, 27 ainda estão ativas, sendo 22 filiais e nove matrizes. A grande maioria atua no ramo imobiliário, sendo a mais recente a Celiforte Construções e Incorporações, e a mais antiga a Torre Forte Construções, ambas de Campina Grande. O capital social dos empreendimentos ligados ao nome do empresário somam aproximadamente R$ 19,2 milhões, e ele possui outros 37 sócios.

Segundo apuração do Estadão, em 2017, José foi investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de participação em um esquema de fraude a licitações na Paraíba. Dois anos depois, ele foi absolvido por falta de provas. Em maio do ano passado, na CPI das apostas esportivas, tanto o empresário quanto a Vai de Bet tiveram a quebra de sigilo bancário solicitada pelo deputado federal Luciano Vieira (PL-RJ) para a avaliação de “possíveis fraudes e crimes”. O relatório final não menciona irregularidades cometidas por ele.

No mesmo mês, ele foi convocado pelo deputado Yury do Paredão (PL-CE) a prestar depoimento para “esclarecimentos e o aprimoramento dos mecanismos de controle e regulação das apostas esportivas”.

A Vai de Bet não está entre as mais de cem empresas que se cadastraram na lista de prioridade do Governo Federal para obter a autorização a fim de operar no Brasil. A outorga está estipulada em R$ 30 milhões e será uma das exigências para marcas patrocinarem clubes de futebol no País. O Estadão apurou que a Vai de Bet planeja cumprir tudo o que for necessário para atender à regulamentação e patrocinar o Corinthians é uma prova dessa intenção.

Na quarta-feira, dia 31 de janeiro, a 43ª Vara Cível de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 38,8 milhões das contas bancárias do Corinthians. O valor é referente à ruptura de contrato com a Pixbet, patrocinadora máster do clube até dezembro. A Justiça estabeleceu, ainda, que a Vai de Bet fizesse o repasse do montante até a diretoria corintiana quitar o valor da rescisão.

Inicialmente, o presidente Augusto Melo afirmou que a marca seria a responsável pelo pagamento da quebra de contrato, mas a Vai de Bet fez o repasse somente dos valores de patrocínio acordados entre as partes, com depósitos de R$ 10 milhões por mês ao longo do ano. Na quinta-feira, dia 1º de fevereiro, o clube anunciou que chegou em um denominador comum com a Pixbet para quitar a pendência de forma parcelada.

O contrato com a Pixbet foi firmado em 2022, na gestão de Duílio Monteiro Alves, em acordo inicialmente de três anos. O contrato previa o pagamento de R$ 30 milhões em luvas, dividido em duas parcelas iguais, uma no ato da assinatura e outra em janeiro de 2023 — R$ 10 milhões a cada ano de vínculo. Em caso de rescisão de contrato, o clube seria obrigado a devolver as luvas e pagar uma multa estipulada em R$ 30 milhões, calculada proporcionalmente ao tempo de contrato não cumprido. Como o Corinthians ficou apenas um ano tendo a Pixbet como patrocinadora, terá de devolver R$ 20 milhões referente às luvas, e outros R$ 20 milhões do restante do vínculo não cumprido.

O Corinthians está em busca de novas fontes de receita para conseguir manter um investimento alto no futebol e ao mesmo tempo em que paga suas dívidas, cujo valor é de aproximadamente R$ 850 milhões. O presidente Augusto Melo contratou uma empresa de auditoria, a Ernst & Young, para analisar a situação financeira do clube. Segundo ele, o cenário é “bem pior do que se imaginava”. O mandatário espera que o clube atinja R$ 1 bilhão em acordos de patrocínio ainda no primeiro semestre.

No primeiro mês da gestão Augusto Melo, seis jogadores assinaram contrato para a temporada 2024: Hugo (lateral-esquerdo), Félix Torres (zagueiro), Diego Palacios (lateral-esquerdo), Raniele (volante), Rodrigo Garro (meia-atacante) e Pedro Raul (atacante). A ideia da diretoria é fechar com mais um zagueiro, um lateral-direito e meio-campista.

Fonte:PortaldaCapital

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