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Marcelinho Paraíba chega aos 44 anos e se diz realizado na carreira: “Joguei nos maiores times do país”

Experiente meia aponta Flamengo, São Paulo e Grêmio como os maiores clubes do país

Um dos mais experientes jogadores ainda em atividade no futebol brasileiro, Marcelinho Paraíba completou 44 anos nessa sexta-feira. O GloboEsporte.com conversou com o meia ex-seleção brasileira, que passou a limpo sua carreira e se mostrou bastante realizado com o seu retrospecto no futebol nacional e internacional. Ídolo na Alemanha, por ter feito história no Hertha Berlim, o jogador teve passagens também por grandes clubes do futebol brasileiro, como Flamengo, São Paulo e Grêmio. E é justamente por ter vestido as camisas desses três times, que para ele são os maiores do Brasil, que o atleta garante não sentir falta de ter atuado em nenhuma outra equipe do país. Além disso, Marcelinho falou do seu atual momento na vida pessoal e na profissional. Hoje atuando pelo Treze, da Paraíba, ele diz que sonha em um último grande feito antes de pendurar as chuteiras: ajudar o Galo a conseguir o acesso à Série B do Brasileiro.

Marcelinho Paraíba recebeu a equipe do GloboEsporte.com justamente no dia do seu aniversário. E em meio a mais um dia de treino. Para começar, ele garantiu que, apesar de estar na ativa há 28 anos, ainda não faz ideia de quando vai se aposentar. O meia reconhece que, devido à idade, o momento de pendurar as chuteiras está cada vez mais próximo, mas ele diz que segue se cuidando dia a dia para continuar atuando em alto nível.

– Eu não faço planejamento. Eu vou trabalhando no dia a dia e vendo como estou respondendo. Tem sido assim desde o início da minha carreira. Só Deus sabe a hora que eu vou parar, que será quando eu reconhecer que não estou mais aguentando. Eu espero encerrar bem, com conquistas e ajudando o clube onde eu estiver atuando. Sabemos também que não está tão longe desse dia chegar, afinal, já estou com 44 anos – afirmou o MP10.

O currículo de Marcelinho Paraíba é invejável. Ele já atuou por grandes clubes do futebol nacional e até mesmo internacional. Encantou a Europa, com passagens pelo Trabzonspor, da Turquia, pelo Wolfsburg, da Alemanha, e pelo Olympique de Marseille, da França. Mas foi no futebol alemão que o meia fez história. Quando atuou pelo Hertha Berlim, ele conquistou duas Copas da Alemanha, foi eleito duas vezes o melhor jogador Bundesliga, e uma vez o melhor jogador estrangeiro da Bundesliga, estabelecendo com a torcida alemã um status de ídolo que permanece até os dias hoje.

No futebol brasileiro, não foi diferente. O jogador desfilou seu talento pelo futebol carioca, quando atuou pelo Flamengo, pelo futebol gaúcho, quando atuou pelo Grêmio, e pelo futebol paulista, quando atuou pelo São Paulo. O camisa 10 foi vitorioso em quase todos os três. A exceção ficou por conta do Flamengo, justamente o clube do qual ele dizia ser torcedor desde criança. Pelo Tricolor gaúcho, o meia conquistou o estadual e a Copa do Brasil, em 2001, com atuações que o credenciaram a ser contratado pelo Hertha Berlim, da Alemanha, e posteriormente ser convocado para a Seleção Brasileira, em 2002, quando disputou quatro jogos com a camisa verde e amarela nas eliminatórias para a Copa do Mundo, inclusive, marcando um gol, na partida diante do Paraguai. No Tricolor paulista, ele conquistou dois estaduais, em 1998 e 2000. Apesar de não ter ganhado nada com seu time de coração, o atleta disse não ter arrependimentos na carreira. Muito pelo contrário, para ele, isso é motivo de realização profissional, já que, na sua opinião, os três clubes são os maiores do Brasil.

– Fui muito feliz e sou grato a todos os clubes que já passei. Não joguei no Corinthians, mas joguei no São Paulo. Não joguei no Palmeiras, mas joguei no Flamengo. Não joguei no Cruzeiro, mas joguei no Grêmio. Clubes maiores que esses, não tem aqui no Brasil. Para mim, os maiores são esses e por isso eu sou bastante realizado. Além disso, consegui chegar a vestir a camisa da seleção brasileira, que é o auge de qualquer atleta. Só tenho a agradecer por tudo que passei até aqui – disse orgulhoso Marcelinho.

Hoje no Treze, Marcelinho é um dos grandes nomes do futebol da Paraíba, onde nasceu e iniciou sua carreira, em 1991, pelo Campinense. Já com uma carreira consolidada, o meia retornou ao seu estado de origem 20 anos depois, mas para defender as cores do arquirrival da Raposa, o Galo. E, vestindo preto e branco, ele ajudou o Alvinegro a escrever um capítulo importante da sua história. Em 2018, o MP10 foi o maestro do time que conquistou o acesso à Série C do Brasileiro, recolocando a equipe na terceira divisão do futebol nacional após quatro anos fora.

O camisa 10, portanto, criou uma grande identificação com a torcida trezeana. Capitão do time, ele até disputou a 2ª divisão do Paraibano no ano passado e a 1ª divisão deste ano pela Perilima, mas voltou ao Galo em busca de um objetivo ainda maior. Querendo encerrar a carreira com chave de ouro, o meia só quer pendurar as chuteiras depois de conquistar o acesso à Série B do Brasileiro.

– Eu já tinha profetizado no ano passado que só ia parar de jogar bola quando colocasse o Treze na segunda divisão. Eu acredito que esse sonho está bem próximo. Estamos jogando a Série C e com possibilidade de conquistar esse acesso. Sabemos que não vai ser fácil, mas não é impossível também. Aí sim, eu vou encerrar minha carreira com chave de ouro e bastante feliz – revelou o meia, que é bastante querido pela torcida do Galo.

Além do carinho dos torcedores, Marcelinho também é muito querido pelos seus companheiros de equipe, que festejaram com ele, no meio do treino, o seu 44° aniversário.

FonteGE – https://globoesporte.globo.com/pb/futebol/noticia/marcelinho-paraiba-chega-aos-44-anos-e-se-diz-realizado-na-carreira-joguei-nos-maiores-times-do-pais.ghtml

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