A presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) em entrevista ao portal T5, neste domingo (03), fez ponderações sobre o momento atual em meio a paralisação do futebol no país, consequência da pandemia do novo coronavírus. A última vez que a bola rolou no estado foi no dia 18 de março, no empate em 1 a 1 entre Botafogo-PB e Sousa, pelo Campeonato Paraibano.
As declarações de Michelle – que é a única mulher presidente entre as federações do país – ganha ainda mais destaque após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhar ao Governo Federal um protocolo médico que tem como objetivo estabelecer normas e ações para o retorno do futebol no país.
Com atividades voltadas para a articulação em meio a um eminente retorno, Michelle garantiu o término do campeonato paraibano dentro de campo. “O que eu posso afirmar é que passado tudo isso, o estadual voltará e a possível data é de pelo menos 15 dias após as autoridades sanitárias e responsáveis garantirem a segurança do desporto. É uma decisão de todo colegiado”, disse.
Na Paraíba, a pandemia do novo coronavírus já faz 76 vítimas fatais e pelo menos 1169 pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado (SES-PB) e foram divulgados neste sábado (2).
“O maior jogo é salvar a vida das pessoas”, exclamou Michelle. Na última semana, houve uma videoconferência da CBF com as federações e a instituição se mostrou retraída quanto ao financiamento de testes para detectar a covid-19 em atletas e envolvidos.
“É um período muito difícil pra todos os setores. Há desdobramentos diretos para o futebol da Paraíba e do mundo. Se voltarmos, será tudo de forma gradativa. Vamos conversar bastante. Tudo vai depender dos fatores externos”, atenuou.
Questionada sobre o momento de protagonismo que tem exercido – como, por exemplo, sendo a primeira representante de uma federação no país a confirmar o encerramento do estadual dentro de campo – Michelle respondeu que trata-se de uma visão importante no tocante a diversificação do papel feminino nas mais infinitas áreas da sociedade. “Sei que represento a visão feminina dentro do futebol e hoje temos um desafio cujo objetivo não foi alcançado”, finalizou.