Surian admite que fator emocional pesou para eliminação do Botafogo-PB

Com quatro derrotas nos cinco jogos do quadrangular do acesso, uma derrota a mais que nas dezenove partidas da primeira fase, o Botafogo-PB é o único dos oito times que passaram de fase que chegará na última rodada eliminado da Série C do Campeonato Brasileiro.

O revés para o Volta Redonda, no último sábado (30), por 2 a 1, diante de seu torcedor, mostrou um time que, apesar do caráter decisivo do duelo, entrou em campo apático. Além da escalação diferente, como com a entrada de Jailson, que não vinha sendo relacionado, e que começou jogando, a postura dentro de campo mostrava um grupo de jogadores passivo, e isso também era visto no comportamento do sempre enérgico Felipe Surian, que se mostrava resignado na maioria dos momentos de falhas dentro de campo.

Após o apito final, o treinador botafoguense afirmou que gostou das exibições de sua equipe dentro desta sequência positiva, mas também admitiu que a derrota para o Paysandu, em Belém, com um gol sofrido aos 50 minutos do segundo tempo, trouxe uma quebra de confiança e um desânimo ao grupo de jogadores, situação que não conseguiu ser contornada.

– A gente tem feito momentos bons nos jogos, falta um pouco de maturidade, talvez um pouco de atenção. Tomamos mais um gol no escanteio. A gente trabalhou muito nesta situação e não soubemos reagir conforme os jogos pediam. Se você analisar, após a vitória contra o Amazonas, contra o Valter Redonda, nós tomamos dois gols por erros individuais, de domínio, de passe. Depois saímos contra o Paysandu, tomamos um gol no final do jogo, o último lance do jogo, que ali também o empate de repente mudaria os atletas, em termos de psicológico. Quando a gente tomou aquele gol no final do jogo, trouxe muita displicência à eles, eles ficaram muito para baixo. A gente tentou reagir, tentamos conversar, fazer com que eles reagissem, mas infelizmente não conseguimos concluir aquilo que a gente criou. Muitas bolas passando na frente da área, finalizações poderiam ter sido feitas melhores e não foram feitas, mas o futebol é isso. Eu sou o principal responsável pelo sucesso ou pelo fracasso, depende da visão de cada um – lamentou.

Apesar do fracasso no quadrangular semifinal, Felipe Surian lembrou que, quando de sua chegada, o clube estava em crise e que a expectativa até dos torcedores era de que se salvar do rebaixamento seria uma grande conquista dentro do certame.

Ele ressaltou ainda que, com a boa campanha da primeira fase, foi criado um clima que não era esperado, e que a frustração se dá devido ao que, junto com seus comandados, foi conquistado dentro de campo no início da Série C.

– Nós deixamos várias equipes para trás dentro da competição, equipes tradicionais também, e nesse segundo momento a gente não foi tão feliz quanto no primeiro, mas os atletas estão de parabéns. Não vou desmerecer nenhum trabalho deles. Talvez, no início, a minha chegada após estadual, após fracassos de Copa do Brasil, Copa do Nordeste, o torcedor mais otimista possível não estava acreditando na nossa classificação, mas os atletas compraram a ideia, compraram aquilo que a gente passou durante esse longo período juntos. Fizemos bons jogos, durante toda a competição ficamos ali entre os oito colocados, hora nenhuma ficamos perto da zona de rebaixamento – comentou.

O Botafogo-PB ainda tem um jogo a cumprir na Série C. Contra o Amazonas, às 18h do próximo sábado (07), o Belo se despede da competição que vai disputar pela décima primeira temporada seguida em 2024. De quebra, vê o rival amazonense, que venceu no primeiro jogo do quadrangular, com chances de subir de divisão.

Equipe @Vozdatorcida