O Sousa já segue com os olhos na temporada de 2024 e tem, inclusive, a apresentação oficial do elenco agendada para a próxima sexta-feira (01). Porém, um episódio que frustrou o clube segue tendo seus desdobramentos.
Eliminado no mata-mata do acesso da Série D do Campeonato Brasileiro, dois episódios ganharam repercussão nacional durante o período dos confrontos contra o Ferroviário.
Logo após o primeiro jogo, vencido por 1 a 0 pela Locomotiva, em Araraquara, denúncias de ofensas racistas e xenofóbicas foram feitas contra torcedores que estavam na arquibancada da Fonte Luminosa. E poucos dias antes do jogo da volta, um empresário foi até o interior da Paraíba fazer proposta pelo atacante Luís Henrique, destaque do Dino na quarta divisão, e foi acusado de aliciamento.
O treinador da Ferroviária, Alexandre Lopes, em entrevista ao Podcast Quarta Categoria, foi abordado sobre os temas pelo jornalista Marcos Barcelos, e lamentou toda a situação, começando pelas acusações de xenofobia, afirmando que, na Justiça, a denúncia não prosperou pois não houve provas.
– É lamentável você chegar numa fase decisiva de competição e se criar todo o fantasma para você conseguir tentar alguma superioridade ou tentar enfraquecer a equipe adversária dentro de uma partida. Foi lamentável que, logo após a partida, criou-se esse fantasma, esse monstro xenofóbico, que o Ministério Público mesmo descartou – comentou.
Quanto ao episódio de um suposto aliciamento, cometido pelo empresário César Pubel, que chegou a ser detido pela Polícia Militar após ser cercado em seu hotel na cidade de Sousa, Alexandre Lopes tratou como assunto normal do futebol a procura por jogadores de destaques, inclusive ressaltando que, após a Série D, Luís Henrique foi negociado pelo Dinossauro com a Locomotiva. Entretanto, ele negou participação do clube no episódio.
– A questão do aliciamento de atletas, cara… é o futebol. Faz parte do futebol. Qual o problema? Qual o problema de eu chega para o Marcos Barcelos e fala “Marcos, é o seguinte. Cara, eu quero te contratar para a TV tal ou para a rádio e tal, você vai aceitar? O atleta, naquele momento, tinha contrato com o Sousa. Posteriormente, o atleta acabou até vindo aqui para nós, mas em momento algum foi uma coisa plantada pela gente. O assédio vai acontecer de todas as partes. Eu acho que você, quando tem uma equipe blindada, uma boa gestão, não falando que a equipe do Sousa não tivesse, mas você consegue realmente blindar. Nós da Ferroviária, porque eu, Alexandre, junto com toda a minha comissão, com a minha supervisão e a minha diretoria, com o meu diretor-executivo, nos reunimos e falamos: “cara, nós temos que ter todos os cuidados para poder tirar os atletas desse foco”. Esse não é o foco para o atleta, o atleta tem que estar concentrado, extremamente concentrado, para a partida final, que aquele momento era um jogo final para a gente – explicou.
Terminada a Série D para o Sousa, o atacante Luís Henrique teve seu contrato com o clube renovado para 2024. Entretanto, a Ferroviária negociou diretamente com o antigo adversário e, mediante uma compensação financeira, contará com o atleta para as disputas da Série A2 do Campeonato Paulista e a Série C na próxima temporada.
Equipe @Vozdatorcida