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O drama da população quatro patas em Patos.

A cada dia que passa, vemos crescer o número de animais soltos nas ruas de Patos, chegando a incomodar muitas pessoas, que não têm um mínimo de carinho por esses indefesos animais..

Com o recolhimento das pessoas em casa, eles se tornaram os “donos” das ruas, embora sem poder e ainda em total abandono.

Aliado a isso, a pandemia de coronavírus tem deixado as vias públicas com menos movimento de pessoas, facilitando para os “ases” do volante, alta velocidade e, com isso, o aumento de atropelamentos de cães e gatos.

Na última sexta-feira(12), um maluco do volante atropelou um cãozinho em frente ao Hospital São Francisco, sendo mais uma ocorrência nesse sentido, no referido local, no centro da cidade. Como não há uma ação efetiva por parte do setor de trânsito de Patos, no controle de velocidade em giradores do município, acabam ocorrendo tais acidentes. Muitos motoristas não respeitam nada, nem ninguém, nem mesmo quem usa a faixa de pedestre, que, ao meu ver, foi criada para aplicar multas a quem estaciona em cima delas e não para sua finalidade maior, que é a segurança do transeunte.

E aí começa o drama. Ligamos para a ONG Adota Patos que, acima das suas limitações, não dispõe de estrutura física nem material para recolher esses animais, e sofrem com a falta de condições, para evitar ou amenizar o sofrimento desses quadrúpedes acidentados; já houve até caso de voluntários com problema de depressão, por não poder resolver as ocorrências recorrentes na assistência aos animais.

É quando se apela para a população.

O presidente do Adota Patos, Rafael da Civil, como é conhecido, questiona: “Onde colocarmos? O canil está superlotado. Quem banca os custos com medicamentos? A ONG já tem uma dívida enorme, mesmo com a subvenção repassada pela Prefeitura Municipal de Patos para a manutenção do canil. Após uma cirurgia, quem acomoda e acompanha o animal no período de recuperação?

O que parece ser uma simples ligação, esbarra exatamente nessas questões”.

O Adota Patos conta com cerca de 20 voluntários atuantes, para uma população aproximada de dois mil animais de rua, segundo dados de membros da ONG. O número de animais acidentados, cirurgiados e mutilados é de fazer pena ou tristeza, aos mais sensíveis ou humanos.

Vejam algumas fotos. Não postarei outras por serem muito chocantes.

 

A entidade ainda realiza cirurgias de castração de animais, com médicos veterinários, voluntários, e uso de insumos e medicamentos bancados pela ONG. É um trabalho que precisa de um maior reconhecimento por parte dos patoenses. Reclamar, sem ter conhecimento da causa, é no mínimo incoerente.

Cada animal tem seu nome e o relatório das despesas. Os custos são altos e os atendimentos das clínicas particulares, em alguns casos, só se realizam com pagamento através do cartão de crédito.

O Hospital Veterinário que é mantido pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG- encontra-se fechado, por conta da pandemia, que fez com que o curso de Medicina Veterinária fosse suspenso e, assim, complica ainda mais a assistência aos animais.

Atento a esse problema, o vereador Raniere Ramalho apresentou um requerimento na Câmara, para que o setor competente solicitasse do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR) a reabertura do Hospital Veterinário.

Entramos em contato com um dos membros do Conselho Administrativo do hospital e a informação é que, em reunião recente, o Conselho revelou que estava com previsão de reabertura para este dia 15/06, mas revogou a portaria para uma outra data, obedecendo determinação da reitoria. Segundo ele nos informou, dos 49 hospitais veterinários do País, apenas três estão funcionando, em cidades que estão com o índice de contaminação por Covid-19 dentro do aceitável pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, o Conselho se reunirá brevemente para ver a possibilidade de funcionar apenas com médicos do Centro de Saúde do Campus- Patos, já que os alunos estão sem aulas.

Enquanto isso, a ONG Adota Patos apela para a população, para que se sensibilize com a situação dos animais abandonados.

As pessoas podem doar medicamentos, lençóis, toalhas e ração, ou mesmo, quem quiser, ajudar com dinheiro; a ONG mantém uma conta corrente no Banco do Brasil. Agência 0151-1 conta corrente 71512-3

Outra grande dificuldade dos voluntários é resgatar os animais feridos, pois para capturá-los requer toda uma logística e material especial, como redes, arma para lançamento de tranquilizantes, entres outros coisas.

Outros meios que podem ajudar no trabalho dos voluntários são as adoções, que ajudam no controle dos espaços para outros animais.

Ao se adotar um gato ou cachorro, além de se levar uma companhia para casa, se está desafogando o local onde ficam esses animais.

Esperamos que a população contribua, na medida do possível, fazendo lembrar que o animal é uma criação de Deus, como citado abaixo.

Não maltratem e nem atropelem. Vamos esperar que as autoridades do  trânsito  lembrem- se de fiscalizar a velocidade desenvolvida pelos motoristas na cidade e não se lembrem só de multar, como bem fazem, principalmente nas proximidades das unidades hospitalares, como aconteceu, no caso relatado, próximo do Hospital São Francisco.

Os animais fazem parte do grande grupo de seres vivos criados por Deus e estão constantemente sob o Seu domínio e cuidado.

Criados com diferentes características e funções, os animais foram feitos com o propósito de refletir a glória de Deus, servindo ao Seu propósito e coabitando o mundo com os humanos. Toda a diversidade de espécies de animais: selvagens, domésticos, répteis, marinhos, aves, mamíferos, de grande ou pequeno porte compõem o vasto rol de criaturas surpreendentes feitas pelo Senhor Deus.

No relato da criação do universo em Gênesis, vemos que os animais, bem como todas as demais criaturas, são resultado da ação de Deus, que com Sua palavra criou o mundo, o fez habitável e o encheu de seres viventes. Entre esses, pôs também os seres humanos, os quais, com um estatuto diferenciado e uma dignidade especial (porque criados à imagem e semelhança de Deus), receberam a responsabilidade de dominar e cuidar de toda a criação

Por Marcelo Negreiros

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