A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou nesta quinta-feira (07) a instalação de novas usinas fotovoltaicas no Sertão paraibano. Desta vez, na região de Santa Luzia, também conhecida por abrigar centenas de cata-ventos gigantes, geradores de energia eólica, em cima da Serra.
São 12 outorgas para as obras com investimento inicial de R$ 2,4 bilhões. A geração de empregos diretos, nesse primeiro momento, segundo engenheiros da obra, pode chegar a 2 mil contratações.
A construção está dividida em 4 fases. Em cada fase serão 7 usinas, cada uma com potencial de geração de mais de 56 megawatts de pico (MWp), totalizando cerca de 1.6 gigawatts/h (GWh) . O suficiente para abastecer mais de 1.6 milhão de residências ou mais de 6,4 milhões de pessoas (considerando uma média de quatro pessoas por domicílio).
O Complexo Solar Santa Luzia prevê a instalação de placas solares em uma área equivalente a mas de 2200 campos de futebol. Um dos trechos, margeia a BR-230, na direção Santa Luzia – São Mamede. O projeto completo será constituído por 28 usinas solares fotovoltaicas. Como a área é de caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, a empresa apresentará plano de mitigação de impactos ambientais.
Nesse primeiro momento serão iniciadas as obras das duas primeiras fases, totalizando 14 usinas.
Solenidade contou com a presença do diretor-geral da Aneel, André Pepitone; representantes do governo federal, o governador João Azevedo (Cidadania); Edmond Farhat e Rafael Brandão, sócios da empresa Rio Alto, além de parlamentares paraibanos, prefeitos da região, vereadores, além de reitores das universidades e autoridades do judiciário local.
O projeto
O anúncio do governo do estado sobre os investimentos da empresa Rio Alto, na área, foi em abril deste ano. De acordo com o grupo Rio Alto, serão instaladas 1,3 milhão de placas solares, 10,8 mil trackers e 3,7mil string inverts. A previsão é de que as obras dos parques sejam entregues em janeiro de 2023.
Santa Luzia
A região foi escolhida não só por ter uma das maiores índices de radiação solar do mundo, mas por ter perto uma subestação de energia, recém inaugurada, com capacidade de receber e distribuir para o Sistema Nacional Integrado toda a energia produzida pelos painéis.
PortalSN1 com Jornal da Paraíba