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Catolé do Rocha: Ex-diretores de presídios e policiais penais condenados por torturar e matar preso são demitidos

Cinco pessoas foram condenadas por matar um preso da 'Operação Laços de Sangue', em 2011, dentro do presídio de Patos. Recursos ao STJ e STF foram negados.

Dois ex-diretores de presídio e três policiais penais, condenados em 2017 por torturar e matar um detento da “Operação Laços de Sangue” dentro do Presídio Regional de Patos, no Sertão paraibano, em 2011, foram demitidos do quadro de servidores do Estado da Paraíba nesta quinta-feira (24). As portarias com as demissões foram publicadas no Diário Oficial do Estado da Paraíba.

As demissões de Estenio da Nobrega Dantas, Denis Pereira Januário, Emmanuel Nunes de Oliveira, Fabio Miguel Lopes e Wigner Leite dos Anjos acontecem exatamente uma semana depois do processo transitar em julgado. Os recursos dos condenados foram negados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O crime aconteceu em outubro de 2011. O detento Marcelo Batista Torres de Mesquita havia sido preso na operação“Laços de Sangue”, acusado de ser um dos líderes das famílias envolvidas em uma série de homicídios na cidade de Catolé do Rocha. No dia que ele foi transferido para o presídio de Patos, ele foi espancado em uma sessão de tortura feita pelos policiais penais e pelo diretor do presídio, sendo carbonizado dentro de uma cela ainda no mesmo dia.

Inicialmente o caso foi tratado como um acidente, mas uma sindicância feita pelo Estado da Paraíba identificou que a morte e a tortura haviam sido premeditadas. Estenio Dantas, ex-diretor do presídio de Patos; Denis Pereira, ex-diretor do presídio de Catolé do Rocha; e os três policiais penais foram presos um ano depois, em uma operação que desarticulou um grupo interestadual acusado de comandar o tráfico de drogas no interior de presídios.

G1 Paraiba

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