Um Flamengo remodelado dos pés a cabeça para evitar um filme repetido contra um rival que já causou danos em 2018.
A seis pontos do Palmeiras, o time de Dorival Júnior praticamente não tem mais direito ao erro para seguir sonhando com o título do Brasileirão: sábado, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos, o adversário será o Botafogo, algoz rubro-negro no Campeonato Carioca.
Para que o responsável pela primeira frustração no ano não seja também o da última, um Flamengo bem diferente entrará em campo pela 33ª rodada. Se o revés por 1 a 0 com gol de Luiz Fernando foi determinante para trocas no comando, com as demissões de Paulo César Carpegiani e Rodrigo Caetano, a equipe se reinventou com o tempo.
Tropeços do Fla em momentos decisivos na temporada:
0 x 1 Botafogo – Maracanã – Carioca
0 x 1 Cruzeiro – Maracanã – Libertadores
0 x 0 Corinthians – Maracanã – Copa do Brasil
1 x 2 Corinthians – Arena – Copa do Brasil
0 x 1 São Paulo – Maracanã – Brasileirão
1 x 1 Palmeiras – Maracanã – Brasileirão
2 x 2 São Paulo – Morumbi – Brasileirão
Primeiro, vale lembrar que o treinador nem é mais o que substituiu o Carpegiani na ocasião: Dorival Junior herdou a vaga de Maurício Barbieri há seis partidas e ainda não perdeu. Invencibilidade com uma escalação que será repetida pela sexta vez e tem apenas quatro remanescentes da derrota de 28 de março.
À risca, somente Réver e Lucas Paquetá seguiram intocáveis neste período. Titulares no clássico de sábado, Pará e Willian Arão recuperaram a posição após longas passagens pelo banco de reservas para Rodinei e Diego.
A tendência é que o Flamengo entre em campo no Nilton Santos com César, Pará, Léo Duarte, Réver e Renê; Cuellar e Willian Arão; Everton Ribeiro, Lucas Paquetá e Vitinho; Uribe. Há pouco mais de sete meses, a escalação tinha Diego Alves, Pará, Rhodolfo, Réver e Everton; Jonas, Willian Arão, Diego e Lucas Paquetá; Vinícius Júnior e Henrique Dourado.
Everton, Jonas e Vinícius Jr. sequer seguem no clube. Vitinho e Fernando Uribe chegaram. E o Flamengo tenta esquecer o passado por uma sobrevida na disputa com Palmeiras e Internacional pelo troféu de campeão:
“É uma situação complicada, mas não podemos olhar para os pontos que já perdemos. Em seis rodadas tudo pode acontecer. O negócio é continuar fazendo nossa parte. Não está tudo acabado. Em Brasileiros já tiveram muitas reviravoltas”, disse Rodinei.
As palavras do lateral nem têm a ver com a eliminação no Carioca, mas a frustração em momentos decisivos une aquela derrota para o Botafogo com a realidade atual. Os empates diante de Palmeiras e São Paulo aumentam a lista de refugadas que conta com o gol de Luiz Fernando seguido de provocação de “cheirinho”.
Some a elas, as eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil para Cruzeiro e Corinthians, respectivamente, além da derrota para o São Paulo com Maracanã lotado na volta da Copa. Pronto, temos aí uma relação de partidas em que o Flamengo não podia vacilar em 2018 e vacilou. Tudo com início naquele clássico com o Botafogo.
Sábado, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos, o reencontro mais uma vez tem contornos de decisão. Será o quinto encontro entre os clubes na temporada: o Rubro-Negro venceu outros dois no Carioca e no primeiro turno, enquanto o Glorioso levou a melhor no mais importante.
O Flamengo, terceiro colocado, com 60 pontos, não tem outra alternativa que não a vitória para seguir no rastro de Inter (61) e Palmeiras (66). O Botafogo joga por um alívio na luta contra o rebaixamento. Quem vai refugar desta vez?
GE