José Messias Guedes Oliveira seguia de carro com outros três jogadores para torneio em São Luís (MA), e veículo foi alvo de disparos no interior do Ceará.
m jogador de sinuca de Paraíba foi morto na noite desta terça-feira (31) após o carro em que ele seguia junto com outros três jogadores ser confundido com o de criminosos em uma abordagem policial na cidade de Campos Sales, interior do Ceará. Um sobrevivente declarou em boletim de ocorrência que um policial relatou ter recebido ligação de um frentista denunciando que havia homens com fuzis em um veículo corolla.
Um amigo da vítima disse ao G1 que o frentista de um posto de combustíveis onde eles pararam para lanchar e abastecer o carro acionou a polícia após ter visto as malas com os tacos dentro do carro e achar que fossem fuzis.
A secretaria da Segurança Pública informou que equipes da Polícia Militar foram acionadas para verificar uma denúncia anônima de “homens em atividades suspeitas em um carro”. Os militares foram até o local e avistaram o veículo na CE-371, iniciando uma perseguição. Segundo a nota, intermitentes e sinais sonoros foram ligados, mas o automóvel não reduziu a velocidade nem parou no posto rodoviário estadual de Campos Sales.
“Foi solicitado apoio de outras viaturas para montar um bloqueio policial na entrada da cidade de Campos Sales e o motorista do veículo acelerou em direção das viaturas, momento em que os policiais atiraram contra o automóvel”, diz a secretaria. A polícia realizou buscas no carro, mas não encontrou armas.
De acordo com a Federação Paraibana de Sinuca e Bilhar, os jogadores estavam indo para o 5º Campeonato Norte/Nordeste de Sinuca neste fim de semana em São Luís (MA). No meio do trajeto, eles pararam em um posto de combustíveis para abastecer, lanchar, pedir informações e depois seguir viagem.
O competidor José Messias Guedes Oliveira, 35 anos, foi atingido na região do abdômen e morreu. Um outro jogador que estava no carro foi ferido de raspão no pescoço e socorrido em um hospital. O veículo foi atingido por diversos tiros.
Os jogadores registraram um boletim de ocorrência na Delegacia Regional do Crato, que é a plantonista da região, mas a investigação foi enviada para a unidade de Campos Sales. Nesta manhã, o delegado que investiga o caso ouviu pessoas que estavam no carro e outras testemunhas, mas não divulgou o conteúdo dos depoimentos.
Em gravação de áudio, o pai de um deles contesta a versão dada pela polícia. O Jornalista Higo de Fugueiredo que trabalha para a Rádio Espinharas de Patos e o site Patosonline conversou com ele. Ouça o áudio:
Fonte: G1 com redação Portal Sertão Notícias