O deputado licenciado Pedro Cunha Lima vem defendendo a “união das oposições”, para enfrentar uma previsível candidatura à reeleição do governador João Azevedo, em 2022. Segundo Pedro, “o governador atual representa o que pior se viu na prática política no Estado, como todos vimos na Operação Calvário, ele (João) próprio beneficiado no esquema criminoso que atuou fortemente nas eleições de 2018”.
Pedro, apesar de não cravar eventual candidatura de Cássio Cunha Lima nas eleições do próximo ano, admitiu que, uma vez que ele está legalmente habilitado, diferente de outros, pode vir a ser candidato, “porque, não é por seu meu pai, mas ele ainda tem muito a oferecer à Paraíba, pelo grande homem público que ele é”.
Quanto às recentes denúncias contra o ex-prefeito Romero Rodrigues, tornado réu na Calvário, Pedro afirmou que “não se pode confundir o caso de Romero com os crimes cometidos pelo ex-governador Ricardo Coutinho, que foi flagrado, tem conversas gravadas, negociando propinas em cima da mesa”.
Lembrou que, enquanto no caso de Romero, a prefeitura de Campina Grande jamais contratou a cruz Vermelha ou qualquer outra organização social, no caso de Ricardo Coutinho, as investigações apontaram que ele utilizava as OSs para enriquecimento ilícito e financiamento fraudulento de campanhas eleitorais.
O deputado espera que a Justiça possa julgar “com a devida celeridade” o caso, para que Romero possa estar livre de acusações nas eleições do próximo ano, já que é um dos pré-candidatos ao governo do Estado.
Pedro não comentou sobre a hipótese de Romero não poder disputar, mas admitiu que pode ser um dos nomes para debate nas oposições: “Tenho muita energia e estou preparado para enfrentar qualquer disputa.”
As declarações foram dadas ao programa Intrometidos, na última segunda-feira.
Helder Moura
