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Operação Proditor: propinas pagas a policiais custavam cerca de R$ 1500 e eram passadas em maquinetas de cartão

Delegado contou que havia um "coluio" entre um delegado de Polícia Civil, uma delegada e alguns servidores da 6ª Delegacia Distrital em Santa Rita.

O Delegado Yuri Givado, designado em caráter especial para as investigações da Operação Proditor revelou durante entrevista coletiva no final da manhã de hoje (10), que os valores das propinas eram muito discrepantes. Ele disse que foram relatados pagamentos que giravam em torno de R$ 1500. O pagamento podia inclusive ser parcelado e feito através de uma máquina de cartão de crédito

Givago contou que havia um “coluio” entre um delegado de Polícia Civil, uma delegada e alguns servidores da 6ª Delegacia Distrital em Santa Rita.

O ato que gerou a investigação foi uma prisão em flagrante após a qual foi realizado um termo circunstanciado de ocorrência de maneira indevida. Foi feita a cobrança de valores para uma suposta fiança e na verdade o procedimento em questão não cabia fiança. “Então esse procedimento sequer foi encaminhado à Justiça. Então esse procedimento só veio a lume quando a família procurou a delegacia para afirmar os fatos acontecidos. Inclusive os parentes do preso que foram soltos indevidamente, é um Policial Militar”, narrou.

Diante da gravidade da denúncia  foi realizado um monitoramos por 15 dias. “No prazo do monitoramento, constatamos, através de diálogos entre os servidores que várias corrupções teriam havidos naquela delegacia”.

Um outro caso citado, ocorreu este ano. Três pessoas foram conduzidas a delegacia com uma relativa quantidade de droga, quase 200g de maconha, o que caracteriza tráfico de drogas. Porém, uma das pessoas pagou fiança, o que não é cabível, e foi solta. Sendo encontrada morta dias depois. “Neste procedimento, o delegado sequer justificou a soltura dos outros dois”.

A família pagou para que o rapaz fosse solto. Em liberdade, foi taxado de traidor da facção e acabou sendo assassinado.

De posse dessa informações e constatando a continuidade delitiva dessas pessoas, representamos pela prisão do delegado, advogada e de um escrivão específico e pela busca e apreensão dos policias que figuraram no monitoramento daquela unidade. O escrivão no monitoramento ficou constatado que praticou um peculato, se apropriou de um bem apreendido e levou para si.

Fonte:ClickPB

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