Nesta segunda-feira, (28) completa uma semana do início da greve dos caminhoneiros em todo o Brasil. Movimento que contribui para diversos problemas relacionados a abastecimento, não só de combustível, como de alimentos, paralização de transportes públicos, cancelamento de voos, transportes escolares, hospitais e farmácias sem medicamentos e insumos.
Em Patos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, por enquanto ainda tem estoques de medicamentos e insumos, mas não se sabe por quanto tempo. Na segunda-feira passada, um caminhão transportando medicamentos ficou retido na BR-230, um veículo de pequeno porte foi enviado ao local para trazer pelo menos os medicamentos mais urgentes, o que é insuficiente para a demanda. Na última quinta feira o fornecedor informou que a pista estava liberada, mas não tem combustível que garanta vir e voltar.
As viaturas do Serviço Móvel de Urgência, SAMU com base em Patos, adotou medidas para economizar combustível para atender urgências e emergências. O Coordenador do órgão, Wendel Palmeira, emitiu uma nota de esclarecimento à população conscientizando do problema e pedindo a compreensão da população para esse momento delicado.
Já são verificados diversos problemas de desabastecimento na cidade, a exemplo de supermercados e outros estabelecimentos.
Durante a semana diversos postos de combustíveis receberam grande número de clientes, formando enormes filas que mesmo assim se arriscavam a não ter o líquido no momento da chegada. Foi o caso do servidor público, Wendel Palmeira que depois de passar mais de 2 horas em uma fila no último sábado, ao chegar sua vez o combustível tinha acabado. Ele resolveu se deslocar com outros amigos para a cidade de Catingueira, a cerca 50Km onde encontrou combustível a R$ 4,50 (Quatro reais e cinquenta centavos) o litro.
A Petrobras vem anunciando reduções diárias nos preços da gasolina desde o último dia 23. O combustível, desde este sábado, dia 26, está sendo comercializado a R$ R$ 2,0096, o litro, nas refinarias: uma redução de 0,31% em relação ao valor anterior, R$ 2,0160. Entretanto, na semana de 20 a 26 de maio, o combustível apresentou aumento nas bombas, a nível nacional.
A gasolina era vendida a R$ 4,284, mas foi comercializada a R$ 4,435 na semana que se encerrou neste dia 26. Essa alteração representou um aumento de 3,52%.
A Petrobras também se comprometeu em manter os atuais preços durante 15 dias, o que representará uma perda na receita da companhia da ordem de R$ 350 milhões. Ao fim desses 15 dias, a estatal voltaria a praticar sua política de preços de revisões diárias, cujos valores serão contabilizados para ressarcimento pelo governo a cada 30 dias.
Neste domingo vários internautas postaram vídeos mostrando as filas na cidade, causando muito tumulto. Confira:
Por Marcelo Negreiros