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Paraíba tem 57 municípios com risco de surto de dengue, zika e chicungunya e 133 em situação de alerta

A Paraíba tem 57 (25,56%) municípios com risco de surto de dengue, zika e chicungunya, 133 (59,64%) em situação alerta e outros 33 (14,80%) em situação satisfatória. É o que mostra o Boletim Epidemiológico (BE) das Arboviroses equivalente à Semana Epidemiológica 16, válida até 30 de abril, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta segunda-feira (2), e obtido pelo ClickPB. O relatório apresenta os dados da dengue, chicungunya e zika na Paraíba e traz o primeiro Levantamento do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2022 no estado.

Focos do mosquito Aedes aegypti

Outro dado apontado no relatório indica os focos do mosquito encontrados nos domicílios. Os focos do mosquito foram encontrados, em 43% dos casos, sendo a maioria, nos reservatórios de água para armazenamento doméstico (depósitos do tipo A2) que ficam baseados no chão, como tonéis, tambor e caixa d’água no solo. Os demais foram: 20% do tipo B, que são pequenos depósitos móveis como vasos e garrafas; 13% em caixas d’água elevadas; 11% em depósitos do Tipo C, como calhas e lajes; 7% em pneus; 6% do tipo D2, como lixo e materiais descartáveis; e 1% do tipo E, como tronco de árvores, ocos de pedras, bromélias e outros naturais.

Fumacê

O chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Luiz Almeida, pontua que a aplicação espacial de Ultra Baixo Volume acoplado a veículos (UBV), o carro fumacê, tem como função específica a eliminação das fêmeas de Aedes aegypti e deve ser utilizada somente para bloqueio de transmissão e controle de surtos ou epidemias. Essa ação integra o conjunto de atividades emergenciais e seu uso deve ser concomitante com todas as demais ações de controle, principalmente a diminuição de criadouros de mosquitos.

Calendário do fumacê na Paraíba

Ainda de acordo com o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, é necessário avaliar as atividades de rotina para correção de falhas e priorizar as ações de controle focal. No período de 2 a 6 de maio, estão previstos para receber a aplicação de UBV os seguintes municípios: Alhandra, Soledade, Cuité, Lucena, Mulungú, Patos, São Francisco, Aroeiras e Cachoeira dos Índios. Para as semanas seguintes do mês de maio estão previstos os municípios de Umbuzeiro, Santa Rita, Condado, Riacho de Santo Antonio, Conde, Água Branca, Areia de Baraúnas, Curral de Cima, Cuitegi, São Sebastião de Lagoa de Roça e Baraúna. Para os meses seguintes será avaliado o cenário epidemiológico para a inclusão de novos municípios.

LIRAa

O LIRAa é um método de amostragem que tem como objetivo levantar os dados dos indicadores entomológicos (índice de infestação predial) com o intuito de fortalecer o combate vetorial. Com ele, é possível direcionar as ações de forma otimizada para as áreas identificadas de maior risco.

De acordo com o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Luiz Almeida, o LIRAa funciona como uma carta de navegação. “Sem essa informação atualizada, a efetividade das medidas de controle será prejudicada, pois haverá dificuldades em identificar as áreas com os maiores índices de infestação pelo Aedes Aegypti”, explica.

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