Isso aconteceria se a investigação da morte de Marielle e Anderson fosse federalizada. No momento, quem está à frente é a Polícia Civil
Um dia depois de a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 14 de março, no Rio, completar 150 dias sem solução, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungman, disse, neste domingo (12), que a Polícia Federal (PF) está preparada para assumir as investigações do caso. De acordo com o titular da pasta, que elogiou o trabalho da Polícia Civil, até então, o que falta para ficar à frente dos trabalhos é um pedido, além dos ministérios públicos do Rio e Federal, da Secretaria de Segurança estadual.
Questionado pelo jornal O Globo, Jungmann antecipou que é necessária uma solicitação dos órgãos competentes para a PF apropriar-se do caso. “Se o Ministério Público do Estado do Rio, o Ministério Público Federal ou a Segurança do Rio requererem, a PF está pronta para assumir as investigações, como uma das melhores polícias investigativas do mundo. Com todos seus recursos humanos e tecnológicos”, disse, acrescentando que o presidente do Brasil, Michel Temer, já autorizou a possibilidade.
Jungman não quis adiantar como seria a investigação realizada pela PF. “Não cabe especular algo não solicitado. Apenas reafirmar nossa total disposição e capacidade em ajudar ou assumir, caso necessário, as investigações”, esclareceu. Ele ainda deixou claro que o envolvimento de agentes públicos no crime pode ser um entrave para que as investigações avancem. “Se você tem vários envolvidos, agentes públicos e políticos, formando uma rede com poder em vários níveis, mais executores profissionais terceirizados, sim, sem dúvida”, afirmou à reportagem o ministro.
Fonte: NM