A deputada Pollyanna Dutra destacou a importância dos compromissos assumidos pelo Brasil e pelo mundo na 26ª edição da Conferência das Partes, a COP26. Durante os dois primeiros dias do evento global, mais de 100 países, incluindo o Brasil, se comprometeram com a redução da emissão do gás metano e com o fim do desmatamento ilegal. Em discurso durante a 45ª Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta quarta-feira (3), a parlamentar reforçou a necessidade da elaboração de planos, metas e propostas que garantam que os planos saiam, realmente, do papel.
“A assinatura desses acordos e a participação do Brasil nas discussões sinalizam uma mudança no discurso ambiental do nosso país. Contudo, é necessário ir além do discurso. As nações, e destaco, em especial, o nosso país, precisa elaborar planos e apresentar metas e projetos concretos que, de fato, garantam um futuro mais sustentável ao nosso povo, algo preconizado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. É preciso, mais do que assinar papéis, assumir esse compromisso com a nossa nação e o mundo”, alertou Dutra.
*Acordos firmados*
O Brasil e mais de 100 países se comprometeram em desenvolver ações para que o mundo reduza em 30% a emissão de gás metano até 2030. “Para se ter uma ideia, o Brasil é o quinto maior emissor do gás no mundo. O metano é mais nocivo que o gás carbônico no aquecimento do planeta. Dados do Observatório do Clima mostram que o Brasil emitiu ao todo mais de 20 milhões de toneladas de gás metano no ano passado”, comentou Pollyanna Dutra, relatando um exemplo de reuso do esterco na cidade de Pombal. “Lá, na padaria da Várzea Comprida das Oliveiras, conseguimos fazer um sistema de reaproveitamento do esterco para geração de gás de cozinha. É possível reduzir a emissão de gases por meio de estratégias sustentáveis como essa. Todos podemos contribuir para um futuro mais sustentável”, pontuou.
Além da redução da emissão de metano, o Brasil também assinou acordo com outros países com o compromisso de reduzir o desmatamento. Dados do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostram que o desmatamento na Amazônia Legal no primeiro semestre deste ano foi o maior dos últimos seis anos. No total do ano, até o dia 22 de outubro, a área de desmatamento apresentou até uma redução, de cerca de 9%, em comparação a todo ano passado. “Apesar disso, ainda está muito longe do ideal. É preciso fazer mais e buscar alternativas que façam com que esses planos impactem na mudança do clima para as gerações futuras”, finalizou.
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