O radialista Fabiano Gomes virou réu após a juíza Michelini Jatobá, substituta imediata do Juízo da 5ª Vara Criminal, receber, na terça-feira (15) a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o radialista no âmbito das investigações da Operação Calvário. Fabiano é acusado de tentar extorquir e constranger possíveis alvos da investigação, com o pretexto de que teria proximidade com autoridades que coordenam os trabalhos da operação. Ainda cabe recurso da decisão.
Ao G1, o radialista negou que a ação tenha vínculo com a operação e disse que a denúncia “só fala sobre uma suposta extorsão, que tenta me vincular à ‘Calvário’”. Fabiano disse ainda que o desembargador desmembrou os processos e que não aceitou a denúncia da Calvário, colocando a denúncia da extorsão para a primeira instância.
Segundo a juíza, na decisão, a denúncia oferece indícios de autoria, não havendo motivos para não ser aceita. Apesar de acatar a denúncia do MPPB, Michelini Jatobá negou o pedido de prisão preventiva feito pelo órgão.
“Neste momento, não nos é dado saber, com segurança, se as circunstâncias que ensejaram o pedido de prisão cautelar ainda persistem, de modo a justificá-la”, disse a juíza. Fabiano chegou a ser preso na 8ª fase da operação, realizada em março, e foi solto após 10 dias.
Segundo a denúncia, Fabiano teria tentado extorquir os possíveis alvos da “Calvário”, exigindo vantagem econômica alegando ter informações privilegiadas e de conteúdo prejudicial a estas pessoas.
O texto da denúncia diz ainda que Fabiano contatou os possíveis alvos da operação, alegando ter gravações e, por meios de aplicativos de mensagens, tentou barganhar o silêncio e a “proteção”, por parte do radialista, dentro da investigação.
G1 Paraiba