Mais comum no verão, a conjuntivite também acomete a população no inverno, principalmente em locais com muita variação climática. A doença tem fácil transmissão e por isso, é considerada pelos especialistas como uma ‘gripe ocular’, mas em alguns casos é necessária uma intervenção cirúrgica para tratar as sequelas.
De acordo com o oftalmologista do Hapvida, Breno Barth, as complicações têm a ver com os ‘infiltrados corneanos’, que podem ocorrer quando o vírus penetra a córnea, causando manchas brancas e prejudicando a visão. Nesses casos, o profissional avalia o melhor tratamento, que pode ser feito à base de pomadas e colírios ou cirurgia à laser.
O agravamento do quadro costuma ser mais raro, mas é comum que a conjuntivite venha acompanhada de outras inflamações. “Às vezes ela vem acompanhada de faringite, amigdalite, otite; às vezes a pessoa está gripada e com conjuntivite também. O paciente deve administrar compressas geladas, uso de vitamina C e fazer repouso. Se for necessário, o uso de colírio deve ser feito pelo oftamologista”, explica.
Quando há sequelas, a inflamação pode levar meses para ser combatida, mas geralmente, a doença dura cerca de dez dias. Os sintomas mais comuns são olho seco, vermelho, lacrimejando, com secreção, coceira e sensação de areia.
É também a partir do olho que pode acontecer a transmissão. Conforme o especialista, o toque é o maior meio de passar a doença. “O paciente está com conjuntivite, pega no olho e com a mão suja toca em superfícies. Outra pessoa toca nesse local e depois coça o olho. É o suficiente para haver a contaminação”, detalha.
O médico ressalta que desde a pandemia da covid-19, houve uma redução dos casos de conjuntivite devido ao novo hábito adquirido por grande parte da população de higienizar as mãos com frequência. Ele incentiva que os cuidados continuem. “É importante manter esse cuidado, uma vez que ele não evita apenas o coronavírus, mas uma série de vírus e doenças infecciosas que são transmitidas da mesma forma”, orienta
PB Agora